A RANM recebe sessão científica
Esta é uma das principais mensagens que foram salientadas na reunião científica “Balanço energético e inquéritos alimentares” que teve lugar na Real Academia Nacional de Medicina (RANM), e que contou com a colaboração da Academia Espanhola de Nutrição, e da Coca-Cola.
Os coordenadores da jornada foram o Prof. Manuel Díaz-Rubio, Presidente Honorário da RANM, e Lluìs Serra-Majem, Professor de Medicina Preventiva e Saúde Pública. “Até ao momento, os inquéritos alimentares contaram com um problema frequente, como a subestimação do consumo e sobrevalorização do gasto energético, o que causa impacto sobretudo nos grupos de população onde o controlo do balanço energético é mais necessário”, afirma o Prof. Dr. Gregório Varela-Moreiras, Professor de Nutrição e Bromatologia da Universidade CEU San Pablo e presidente da Fundação Espanhola de Nutrição (FEN).
Neste sentido, tal como continua a explicar o Prof. Dr. Varela-Moreiras, “o uso de novas tecnologias abre muitas e inovadoras possibilidades para contar com dados precisos nas pesquisas do balanço energético”.
Este é o objecto do Estudo ANIBES (Antropometria, Consumo e Balanço Energético em Espanha), desenvolvido pela Fundação Espanhola de Nutrição (FEN), que “é uma ferramenta útil e actualizada para um melhor conhecimento do balanço energético da população Espanhola”, refere o Prof. Dr. Varela-Moreiras.
Balanço energético, uma nova realidade científica
Um aspecto fundamental na prevenção da obesidade é o controlo de energia consumida através de alimentos e bebidas, e o gasto a partir da actividade física, e da manutenção das funções vitais, e a que é necessária para poder utilizar os nutrientes contidos nos alimentos. "O peso corporal é mantido se o consumo é igual ao gasto, uma vez que nos encontramos em balanço energético", diz o Prof. Dr. Ángel Gil, Presidente da Sociedade Espanhola Nutrição (SEN). “O peso corporal varia apenas quando o gasto é diferente do consumo em períodos relativamente largos de tempo e não devemos esquecer que existe um consumo mínimo de energia e por isso o mais adequado é aumentar o gasto e não continuar unicamente a reduzir o consumo”.
A energia é ingerida através dos alimentos sob a forma de nutrientes (proteínas, gorduras e hidratos de carbono) e de álcool, e é gasta através da actividade física, do metabolismo basal em repouso e do efeito térmico dos alimentos. “Por isso o conhecimento detalhado dos componentes do balanço energético e os factores que o influenciam pode ajudar a combater tanto o excesso de peso como a obesidade”, conclui o presidente da SEN.