Alunos de Évora e Alcochete vencem Prémio Literário “Eu sei escrever bEM sobre Esclerose Múltipla”
Duarte Barradas, da Escola Conde de Vilalva, em Évora, Sara Lopes, da Escola El Rei D. Manuel I, de Alcochete e Pedro Campião, também da Escola Conde de Vilalva, foram o primeiro, segundo e terceiro classificados, respectivamente, do Prémio Literário “Eu sei escrever bEM sobre Esclerose Múltipla”, uma iniciativa que pretende distinguir o melhor texto sobre a doença elaborado por alunos do segundo ciclo (5º e 6º anos de escolaridade) e também celebrar o 30º aniversário da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) e o Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla, que se assinalam ambos a 4 de Dezembro.
Esta iniciativa, que teve como parceiros a Direcção Geral da Educação (DGE) e a Biogen Idec, com o apoio financeiro do Instituto Nacional da Reabilitação (INR), promove a educação para a cidadania em consonância com as linhas orientadoras definidas pelo Ministério da Educação e Ciência, visando premiar os melhores textos originais sobre a Esclerose Múltipla, realizados por alunos do 2º ciclo de escolaridade. Os autores dos três melhores textos receberam prémios e o reconhecimento da SPEM.
O júri deste concurso foi composto por Vita Lains, da direcção da SPEM, pela escritora Maria João Lopo de Carvalho e por Dulce Godinho, em representação da DGE.
Vita Lains afirma que “a esclerose múltipla manifesta-se geralmente em jovens adultos que estão no início da sua carreira profissional ou a constituir família e que, perante o diagnóstico, acabam por ter que reavaliar todos os planos que tinham feito para o futuro. Sentimos, portanto, necessidade de criar uma iniciativa que nos ajudasse a chegar a um público mais jovem e desmistificar algumas ideias erradas que possam surgir à volta desta doença. Este prémio literário garante-nos que a informação chega aos nossos jovens pois para escrever “bEM” sobre esclerose múltipla, é preciso primeiro ler e assimilar todos os dados sobre a patologia que lhes forem transmitidos”.
Já a escritora Maria João Lopo de Carvalho, refere que “Vale a pena partilhar a esclerose múltipla, aprendê-la, ultrapassá-la, viver com ela, desmistificá-la. Costumo dizer que muito do que somos nos foi ensinado na escola: o que nos emociona, nos sensibiliza, nos move e nos faz correr a caminho da “meta”. Junto-me a esta iniciativa por acreditar que podemos formar uma geração melhor se soubermos ensinar-lhes o valor de remover uma simples pedra do meio do caminho. São eles, os mais novos, que nos vão “limpar” caminhos e horizontes, que nos vão segurar na mão, amparar quedas, ensinar o, até agora, desconhecido. Este é um prémio de palavras: uma palavra, depois outra... um poema, um texto, mas é sobretudo um prémio de “pontuação”: Vence, também, quem melhor souber pontuar este trabalho de múltiplos “esses”: sensibilidade, solidariedade e sabedoria.”
A sessão de entrega do prémio contou com a participação das escolas candidatas, do presidente do Instituto Nacional de Reabilitação, José Madeira Serôdio, e dos membros do júri, que entregaram os três primeiros prémios e duas menções honrosas.