Secretário-geral da ONU pede compromisso na luta para acabar com a Sida
“Apelo aos líderes mundiais para se unirem nesta causa comum. Há uma luz ao fundo do túnel. Estabelecemos uma meta concreta. Vamos todos acabar com a SIDA até 2030”, disse Ban Ki-Moon numa mensagem divulgada no âmbito do Dia Mundial da Sida.
Ban Ki-moon manifestou-se "satisfeito e orgulhoso" pelo que considerou ser o "caminho certo” na luta contra aquela doença, cujo legado disse ser já visível comparado à do vírus do Ébola na África Ocidental.
"Quase 14 milhões de pessoas em todo o mundo estão a receber tratamentos da Sida. Conseguimos reduzir novas infecções em 38%, desde 2001”, prosseguiu o secretário-geral da ONU na sua mensagem, em que agradece a dedicação dos parceiros que ajudam a combater a doença.
Depois de salientar que os sistemas médicos por si só não são suficientes para garantir "cuidados de saúde robustos”, Ban Ki-Moon apelou a mais apoios para combater a doença porque, destacou, "existem 35 milhões de pessoas a viver com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV, na sigla em inglês) hoje em dia e cerca de 19 milhões delas não têm conhecimento que contraem o vírus".
"Existem lacunas importantes na nossa resposta a grupos chave de pessoas. Duas em cada três crianças necessitam de tratamento e não dispõe do mesmo. As mulheres jovens são particularmente vulneráveis em muitos países com prevalência alta de HIV. A epidemia da Sida está a aumentar na Europa de Leste, Ásia Central e no Médio Oriente, alimentada pelo estigma, discriminação e leis punitivas. Ainda assim, o trabalho essencial dos sistemas de comunidade e organizações de apoio muitas vezes não dispõe de apoios por si. Não podemos deixar ninguém para trás", frisou.
O Dia Mundial de Luta Contra a Sida é comemorado no primeiro dia de Dezembro (hoje) para alertar as populações quanto à necessidade de prevenção e de precaução contra o vírus, que ataca o sistema imunológico do doente, e para lembrar todas as vítimas que faleceram ou estão infectadas com a doença. A Sida é a primeira causa de mortalidade em África e a quarta em todo o mundo.