Doenças inflamatórias auto-imunes afectam entre 0,5% e 2% dos madeirenses
“A realidade regional é igual à realidade do país, sendo que as doenças inflamatórias auto-imunes são várias e a prevalência difere consoante o tipo de patologia”, disse Ricardo Figueira, responsável local da organização do 8.º Congresso Europeu de Doenças Inflamatórias Auto-imunes, que decorre no Funchal.
Por outro lado, o presidente do congresso, João Eurico Fonseca, realçou que este ano os trabalhos vão estar focados na reumatologia, cujo leque de doenças, das mais raras às mais conhecidas, afecta cerca de um terço dos portugueses.
“Os profissionais portugueses estão perfeitamente capacitados para lidar com estas doenças, mas é importante haver uma distribuição mais adequada”, salientou João Eurico Fonseca, considerando que os reumatologistas devem estar presentes em maior número também em locais fora das grandes cidades.
O presidente do congresso disse que estas doenças ocorrem em qualquer idade.
“É errado pensar que são doenças dos idosos. As crianças podem ter. Qualquer pessoa em qualquer idade pode ter”, alertou, advertindo para a necessidade de se estar atento aos primeiros sintomas, que são dor, inchaço e rigidez nas articulações e dificuldade em mexer os pés, as mãos ou a coluna, sobretudo de manhã ao acordar.
Na abertura do congresso, o presidente do Governo Regional, que presidiu à cerimónia, destacou a importância do evento para a Madeira, sustentando que problema da insularidade não é apenas o isolamento físico, mas também o isolamento face aos grandes centros científicos. Alberto João Jardim salientou, por outro lado, que o actual estado da Europa tem criado dificuldades a sectores fundamentais como o da Saúde.
“É necessário regressar aos princípios iniciais da fundação da União Europeia, onde as pessoas eram o mais importante”, defendeu.
A iniciativa reúne especialistas de vários países até 07 de Novembro.