400 milhões de euros para combater epidemias em países mais pobres
O ex-presidente da Microsoft anunciou a sua decisão durante a 63.ª Reunião Anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene, que está a decorrer em Nova Orleães.
A Fundação Gates irá gastar ainda este ano mais de 399 milhões de euros (500 milhões de dólares) "para reduzir o fardo da malária, pneumonia, diarreia e uma série de infecções parasitárias, que são as principais causas de morte e invalidez nos países em desenvolvimento".
O multimilionário decidiu aumentar em 30% a verba que já destinava anualmente para o combate à malária.
Lembrando a epidemia de febre hemorrágica Ébola, que matou este ano quase cinco mil pessoas na África Ocidental, o filantropo sublinhou "a necessidade de maiores esforços para lidar com doenças resistentes a medicamentos, como a malária e a dengue."
Para Bill Gates, a erradicação da malária em meados deste século é "um objectivo que é necessário e possível": "Nós não podemos fazê-lo em pequenos passos. A história mostra que a única maneira de parar a malária é colocar um fim definitivo", afirmou.
A Organização Mundial de Saúde estima que, em 2012, tenham ocorrido cerca de 207 milhões de casos de malária que provocaram a morte a cerca de 627 mil pessoas.
Neste momento, os media e a comunidade internacional olha com maior preocupação para o fenómeno do Ébola, uma epidemia que também preocupa Bill Gates que, em meados de setembro, anunciou um apoio de cerca de 40 milhões de euros.
A Fundação Gates, que nasceu em 2000, é uma organização filantrópica que tem por principais objectivos promover a pesquisa sobre a sida e outras doenças que atingem, principalmente, os países em desenvolvimento.