Perguntas e respostas

Ébola

Perguntas e respostas sobre o vírus Ébola que já matou quase cinco mil pessoas desde o início deste surto, em fevereiro deste ano.
Ébola dúvidas

O que é?
O Ébola é um vírus que foi pela primeira vez identificado em 1976 e provoca febres hemorrágicas. Não existe vacina, nem tratamentos específicos e a taxa de mortalidade situa-se entre os 25 e os 90 por cento.

Como a pessoa é infectada?
A infecção resulta do contacto directo com líquidos orgânicos de doentes - como sangue, urina, fezes, sémen. A transmissão da doença por via sexual pode ocorrer até sete semanas depois da recuperação clínica. O período de incubação da doença pode durar até três semanas.

Os surtos?
Desde 1976 registaram-se vários surtos, nenhum com tantos infectados e países atingidos como o actual, que começou em fevereiro e, até hoje, causou em vários países africanos perto de 5.000 mortos.

As vítimas?
A 29 de outubro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que foram registados 13.703 casos de vírus do Ébola desde o início da epidemia, o qual já matou 4.922 pessoas.

Desse total, 13.676 casos foram registados na Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri, os três países da África ocidental mais afectados pela febre hemorrágica e onde se concentram os esforços internacionais para controlar a epidemia.

Paciente zero?
Uma criança com dois anos que vivia na Guiné-Conacri foi, segundo o The New England of Medicine, o paciente zero deste surto, tendo morrido em dezembro de 2013.

Países afectados?
Até ao momento registaram-se surtos na Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.

Fora de África?
A auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero, 44 anos, foi a primeira pessoa a ser contagiada fora de África. Foi internada a 06 de outubro e, após vários tratamentos, foi dada como curada.

Quais os sintomas?
A febre costuma ser o principal sinal, acompanhada de fraqueza e dores musculares, de cabeça e de garganta. Outros sintomas nos tempos seguintes são náuseas, diarreia, feridas na pele, problemas hepáticos e hemorragia interna e externa.

Entre a infecção pelo vírus e os primeiros sintomas podem decorrer entre dois e 21 dias.

Como se trata?
Não existe cura nem um tratamento específico para a febre hemorrágica provocada pelo vírus do Ébola.

A estes doentes são dados os tratamentos que costumam ser administrados nos cuidados intensivos, com destaque para a hidratação.

A vacina?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou, no final de outubro, o arranque dos primeiros testes de uma vacina experimental contra o vírus do Ébola.

Os reguladores suíços autorizaram o início dos testes – que envolverão 120 pessoas - desta vacina experimental, desenvolvida pela britânica GlaxoSmithKline (GSK).

O vírus e os cães?
Em Espanha, as autoridades optaram por abater o cão da auxiliar de enfermagem contaminada com Ébola.

Em Portugal, o director-geral da Saúde, Francisco George, esclareceu que o vírus do Ébola nunca foi detectado num cão, apesar de a infecção ser comum a animais e seres humanos.

Quais os hospitais de referência?
Em Portugal, os hospitais para onde serão encaminhados os doentes suspeitos de estarem infectados com o vírus do Ébola são os hospitais Curry Cabral (com o Egas Moniz em segunda linha) e Dona Estefânia (para crianças), em Lisboa, e São João, no Porto.

Qual o laboratório de referência?
O laboratório de referência em Portugal é o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

Qual é a resposta de emergência médica?
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tem equipas especializadas, com formação específica e equipamento de proteção elevado. Serão estas equipas que irão acompanhar os casos suspeitos ou de doença e encaminhá-los para os hospitais de referência.

Que medidas as autoridades portuguesas têm em vigor (anunciadas pela Direcção Geral da Saúde)?

- A DGS analisa actualmente os equipamentos de protecção individual a utilizar pelos profissionais de saúde e também o contexto da sua utilização;

- Reforço da articulação internacional, nomeadamente com a Organização Mundial de Saúde (OMS), com o European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), em Estocolmo, e com outros Estados;

- Recomendação aos cidadãos para que ponderem viajar apenas em situações essenciais, tendo em atenção o princípio da precaução, apesar de não estarem interditadas, actualmente, viagens internacionais para áreas afectadas;

- Os viajantes são alertados para procurarem aconselhamento médico caso se verifique exposição ao vírus ou desenvolvam sintomas de doença;

- Portugal tem em estado de prontidão mecanismos para detectar, investigar e gerir casos suspeitos de doença por vírus Ébola, incluindo capacidade laboratorial para confirmação da doença;

- Estão previstas medidas para facilitar a repatriação dos cidadãos que possam ter estado expostos ao vírus;

- Desde o dia 27 de outubro que a DGS disponibiliza um site com informação específica sobre o vírus: www.ebola.dgs.pt .

Fonte: 
LUSA
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
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