Ébola

Epidemia ameaça a existência da Libéria

A epidemia do vírus Ébola ameaça a existência da Libéria, afirmou ontem o ministro da Defesa liberiano, ao discursar perante o conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.

“A existência da Libéria está ameaçada”, disse o governante Brownie Samukai deste país da África Ocidental, o mais afectado pela doença.
A doença “propaga-se como um fogo florestal, devorando tudo na sua passagem”.
O país “não tem suficientes infraestruturas, capacidades logísticas, experiência profissional e recursos financeiros para enfrentar a epidemia de maneira eficaz”, salientou.
A epidemia, a mais grave desde a identificação desta febre hemorrágica em 1976, já causou 2.296 mortos entre os 4.293 casos identificados, 1.224 morreram na Libéria, quantificou a Organização Mundial de Saúde num balanço que fez, relativo a 06 de setembro. Cerca de metade destes casos mortais foram assinalados nas últimas três semanas.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pretende convocar a reunião internacional sobre o Ébola no final de setembro, em Nova Iorque, por ocasião da Assembleia-Geral da organização, para suscitar contribuições para lutar contra a epidemia por parte dos governos, das organização não-governamentais e do sector privado, indicou o seu porta-voz Stéphane Dujarric.
Na segunda-feira, Ban Ki-moon falou ao telefone com o Presidente dos EUA, Barack Obama, que poderia participar na reunião, sublinhando “a necessidade de aumentar a urgência dos esforços internacionais”.
A embaixadora norte-americana na ONU, Samantha Power, que preside ao Conselho de Segurança em setembro, estimou que “ninguém pode hoje dizer que a resposta internacional ao Ébola é suficiente”.
Samantha Power apelou a uma cooperação entre a ONU, os bancos Mundial e Africano de Desenvolvimento e os governos para “examinar como intensificar esforços” para controlar a epidemia.
Defendeu ainda a “discussão do papel que o Conselho de Segurança pode ter” neste domínio, que é para os EUA “uma prioridade em termos de segurança nacional”.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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