Carência de médicos é o principal problema
"Temos uma carência clara e óbvia em recursos humanos, em especial de médicos. Temos carência de médicos de família, o que é grave e preocupante, não tendo uma solução fácil. Não é um problema de dinheiro ou vontade", disse em declarações à agência Lusa. Luís Cunha Ribeiro participou ontem numa viagem num barco tradicional do Sado, em Setúbal, organizada pelos conselhos de administração dos Centros Hospitalares de Setúbal, Barreiro/Montijo e Hospital Garcia de Orta, para assinalar os 35 anos do Serviço Nacional de Saúde. "A nível hospitalar existem especialidades deficitárias, como a anestesia e a anatomia patológica. A anestesia é responsável por grande parte das listas de espera. Não adianta ter cirurgiões, enfermeiros ou blocos se não tivermos anestesistas. Formar não se faz em dois meses ou dois anos, mas temos que encontrar soluções, porque as pessoas não podem ficar anos à espera", defendeu. Quanto aos 35 anos do Serviço Nacional de Saúde, Luís Cunha Ribeiro defendeu que é o maior êxito da democracia em Portugal. "O SNS já passou a infância, adolescência e é um adulto jovem, entrando na sua maturidade. O serviço é o maior êxito da democracia portuguesa. É um serviço que tem 10 milhões de potenciais clientes e os indicadores demonstram que é uma organização de sucesso", defendeu, apesar de referir que a crise tem reflexo no serviço.