Angola vai alertar para epidemia em peregrinação à “Mamã Muxima
De acordo com Rosa Bessa, dos serviços de saúde pública de Luanda, embora Angola não registe qualquer caso suspeito deste surto, a mobilização de técnicos durante uma peregrinação - que movimenta cerca de um milhão de fiéis - visa "chamar a atenção" para a propagação do Ébola na África Ocidental, numa altura em que o país está em alerta.
"Alertar para os principais sintomas e sobre os cuidados a ter", explicou a responsável, aos jornalistas, durante uma visita para conferir, em Muxima, a 130 quilómetros de Luanda, as condições da peregrinação de 2014.
Além de apoio médico e de enfermagem, no recinto do santuário foram instalados oito pontos de água de apoio aos peregrinos, num total de 40.000 litros.
Localizada na província do Bengo, a vila de Muxima - que na língua nacional quimbundo significa "coração" - foi ocupada pelos portugueses em 1589 que, dez anos depois, ali construíram uma fortaleza e a igreja de Nossa Senhora da Conceição, também conhecida como "Mamã Muxima".
No santuário actual "pontifica" uma imagem da virgem Maria e o local, segundo a Igreja Católica angolana, tornou-se de "devoção espiritual que tem passado de geração em geração" e é o "maior espaço de devoção popular em Angola e em toda a África Cristã".
A peregrinação, com os fiéis a chegarem por via terrestre e fluvial, decorre sábado e domingo sob o lema "enraizados em Cristo, caminhemos com Maria".