Unidade de Cuidados Continuados de Pedrógão Grande abre em Outubro
“É o concretizar de um desejo”, afirmou João Marques, salientando a importância de mais esta valência da instituição, que vai aumentar a “oferta social” no concelho e permitir, também, a criação de 25 novos postos de trabalho.
A unidade, pronta desde o início de 2013, tem 32 camas, sendo que para 30 delas “há acordo de financiamento”, referiu o responsável.
“Quem coloca os utentes é o Ministério da Saúde, mas é desejável que sejam pessoas da região, não apenas por uma questão de comodidade para elas, como para as respectivas famílias”, adiantou João Marques.
A obra – instalações, equipamento e arranjos exteriores – teve um custo de cerca de 2 milhões de euros, tendo obtido um financiamento do Ministério da Saúde de 630 mil euros.
“Mantemos uma dívida de um milhão de euros à banca e temos uma candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) que, se fosse aprovada, permitiria à misericórdia reduzir o endividamento”, continuou João Marques.
Segundo o provedor da Santa Casa da Misericórdia, “se houvesse apoio do QREN era uma garrafa de oxigénio para a tesouraria” da instituição que poderia equacionar “outro tipo de investimento virado para o seu público-alvo, a população envelhecida”, assim como para “os jovens que procuram emprego”.
Para amortizar a dívida, o provedor anunciou, em Março, que a misericórdia iria alienar quatro imóveis, tendo já concretizado a venda de um apartamento no concelho de Cascais.
A Misericórdia de Pedrógão Grande tem 84 utentes em lar e mais 60 nos três centros de dia, na sede do concelho, Vila Facaia e Graça. Presta, igualmente, apoio domiciliário a 45 pessoas e, nas valências de creche e jardim-de-infância, tem 60 crianças. Tem, ainda, cantina social, na qual são apoiadas cerca de 25 pessoas. Actualmente conta com 88 funcionários e 10 avençados. A misericórdia é, depois da Câmara Municipal, o maior empregador do concelho, acrescentou o provedor.