Doentes críticos são dos mais prejudicados com falta de médicos
Ginecologia/Obstetrícia e Medicina Interna são as especialidades mais afectadas, sendo que a situação torna-se particularmente grave no circuito do doente crítico, ou seja, Urgências, Unidades de Cuidados Intensivos Polivalentes e Cuidados Intermédios, avança o Jornal de Notícias, citado pelo Notícias ao Minuto.
Com as férias a situação piorou e as dificuldades de preenchimento das escalas levou a administração a colocar internos a fazerem turnos de Urgência, sem a supervisão de especialistas na sua área, algo que, de acordo com o Jornal de Notícias, é contra o regulamento interno do médico.
Para compensar a falta de recursos, os profissionais de saúde estão a realizar horas extraordinárias em excesso, tendo alguns deles já ultrapassado o limite máximo anual previsto por lei. Além disso, e devido a esta situação, recusam-se a fazer horas de trabalho extra.
A situação levou a que, em Abril, Piedade Amaro, da direcção da UCI, pedisse a demissão, defendendo que a situação exigia uma esforço sobre-humano dos doentes e estava a por em causa a segurança dos doentes. O pedido não foi aceite.