Primeira experiência de transfusão de jovens para idosos com Alzheimer
Segundo a edição de hoje da revista NewScientist, o ensaio será feito através de injecção do GDF11, uma proteína homóloga de miosatina que actua como um inibidor de crescimento de tecido nervoso.
O pesquisador Francesco Loffredo citado pela publicação, disse, no entanto, que os investigadores consideram improvável que a GDF11 seja o único factor que mantém os órgãos rejuvenescidos, mas assinalou que "é muito optimista pensar que haveria apenas um factor".
O estudo tem por base pesquisas já feitas em ratos, mas os pesquisadores não sabem dizer qual é a quantidade de sangue necessária para o rejuvenescimento das capacidades cognitivas dos pacientes com a doença.
“Imagine que alguém tenha que ser transfundido com sangue jovem a toda a hora. É difícil imaginar uma terapia desta. Quem é que vai doar todo esse sangue”, questionou Francesco Loffredo, citado pela publicação científica.
“Vamos avaliar a função cognitiva, imediatamente antes e durante vários dias após a transfusão, bem como acompanhamento de cada pessoa por alguns meses para ver se algum de seus familiares ou cuidadores relatam quaisquer efeitos positivos”, disse, por seu turno, o pesquisador Tony Wyss-Coray da Stanford School of Medicine.
"Os efeitos podem ser transitórios, mas mesmo que seja apenas por um dia, é uma prova de conceito de que vale a pena perseguir", acrescentou o investigador.