Enfermeiros apontam para greve total nas urgências do hospital de Santarém
Segundo Helena Jorge, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), os oito enfermeiros de turno “aderiram todos à greve”, estando as urgências a funcionar, em termos de pessoal de enfermagem, em regime de serviços mínimos, pelo que os utentes “podem ter de esperar mais do que o normal, mas vão ser todos atendidos”.
Os enfermeiros do hospital de Santarém iniciaram hoje uma greve de quatro dias em protesto contra o que consideram “incumprimento dos horários de trabalho” e pela rápida admissão de mais profissionais para a unidade de saúde.
“Já somos poucos enfermeiros e temos muitos utentes internados, pelo que apelamos a que as situações que não sejam realmente urgentes se desloquem para os centros de saúde para procurar atendimento”, pediu a dirigente sindical.
A agência Lusa tentou contactar, sem sucesso, o Conselho de Administração (CA) da unidade hospitalar de Santarém. Na segunda-feira, a administração do Hospital anunciou que obteve autorização para contratar 17 enfermeiros, número que o SEP considera insuficiente.
A presidente do SEP, Guadalupe Simões, disse à agência Lusa que o que está em causa é a “falta de 170 enfermeiros” naquele hospital, que “deveria ter um quadro com 570 profissionais”, e a consequente “ruptura nos serviços prestados ao nível dos serviços de urgência e internamento, a ruptura iminente nos cuidados intensivos e um caos instalado no serviço de medicina”.
A dirigente sindical apontou como motivos para a realização da greve o “incumprimento dos horários legais de trabalho, a exigência de uma rápida admissão de mais profissionais naquela unidade de saúde e o pagamento do trabalho extraordinário”.
Convocada pelo SEP, a greve teve início hoje, às 08:00, e prolonga-se até às 24:00 de dia 22 de Agosto, sexta-feira.