Relatório do regulador americano do medicamento

Pasta de dentes Colgate Total pode conter substância cancerígena

A pasta de dentes Colgate Total contém uma substância que pode ser cancerígena, a triclosan. O alerta foi dado pela agência de notícias Bloomberg News depois de ter tido acesso a um relatório do regulador americano do medicamento em que são postas em causa várias características do dentífrico.

A marca não terá dado importância aos testes feitos em animais e actualmente não existem certezas se o triclosan é nocivo para o ser humano. O jornal iOnline contactou a Colgate Portugal que não prestou esclarecimentos até à hora de fecho. O Infarmed deverá reagir nas próximas horas.

De acordo com a notícia da Bloomberg, a substância triclosan, encontrada na Colgate Total, tem sido associada ao aparecimento de doenças cancerígenas em animais. Um facto que não terá sido considerado relevante pela marca. Thomas Zoeller, professor da Universidade de Massachusetts, disse à Bloomberg que “quando existem estudos em animais que sugerem determinados cenários e não são tidos em conta, assume-se um risco significativo”.

Nessa investigação, a marca reagiu oficialmente afirmando que o produto é seguro, e passou por testes rigorosos antes de ser comercializado. A Colgate garantiu mesmo que a eficácia e a segurança do produto são asseguradas por mais de 80 estudos clínicos, que envolveram 19 mil pessoas.

Esta substância está identificada pelas autoridades americanas e europeias e que existem regras estabelecidas quanto ao seu uso e quantidades, escreve o iOnline. Em Portugal, fontes ligadas ao Infarmed explicaram que a presença desta substância não deverá provocar o alarme social. Ainda assim, o jornal apurou que a autoridade do medicamento deverá pronunciar-se em breve sobre a segurança desta pasta de dentes, que é comercializada em Portugal.

De acordo com a Bloomberg, os reguladores americanos estão actualmente a rever os perigos do triclosan, por se tratar de um produto químico doméstico usado para reduzir a contaminação de bactérias. Nos últimos anos várias marcas de cosmética e produtos de higiene, como a Avon e a Johnson & Johnson, têm anunciado a intenção de deixar de usar esta substância.

Outras dúvidas Com base nas informações do relatório da agência americana reguladora de alimentos e medicamentos (FDA), também não será seguro que o dentífrico trate a gengivite e impeça o aparecimento da placa bacteriana.

O jornal contactou ainda a Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária, mas não obteve qualquer reacção.

 

Fonte: 
iOnline
Nota: 
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