Ébola

Obama considera medicamento prematuro, autoridades em alerta máximo

O Presidente norte-americano considerou quarta-feira prematura a utilização do medicamento experimental para o vírus do Ébola, em disseminação na África Ocidental, no mesmo dia em que as autoridades sanitárias dos Estados Unidos adoptaram o nível de alerta máximo.

“Penso que devemos deixar que a Ciência nos guie. Acho que ainda não temos toda a informação para determinar que esse medicamento é eficaz”, disse Barack Obama, no encerramento da cimeira EUA-África, que juntou mais de 40 chefes de Estado ou de governos africanos em Washington.

Uma fórmula elaborada por um laboratório biotecnológico norte-americano e conhecida por ZMapp, apenas testada com sucesso em quatro macacos, foi ministrada a um médico e a uma missionária americanos ainda na Libéria, antes de regressarem aos Estados Unidos. Ambos os infectados registaram melhorias.

Entretanto, as autoridades sanitárias dos EUA aumentaram o nível de alerta para “1”, o mais elevado, para melhor responderem à epidemia provocada pelo Ébola, salvaguardando tratar-se de uma medida destinada a “mobilizar recursos”, tal como sucedera em 2009, aquando do surto de gripe H1N1.

O surto de Ébola na África Ocidental já infectou 1.711 pessoas, das quais 932 morreram, de acordo com o mais recente balanço divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A febre hemorrágica provocada por este vírus é uma doença infecciosa grave identificada pela primeira vez em 1976, na República Democrática do Congo (antigo Zaire) perto do rio Ébola, daí o nome.

A doença transmite-se por contacto directo com o sangue, secreções de órgãos ou fluidos corporais de pessoas infectadas. A incubação da doença pode levar até 21 dias e a mortalidade varia entre 25% e 90%, dependendo da estirpe.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Foto: 
ShutterStock