"Cooperação técnica" para reduzir acidentes rodoviários nas localidades

“A tendência em relação a 2013, e na linha daquilo que acontece na última década em Portugal, é positiva, ou seja, temos globalmente uma tendência de decréscimo das consequências mais graves dos acidentes rodoviários. Mas merece reflexão a circunstância de uma parte muito importante desses acidentes ocorrer dentro das localidades e, sobretudo, o facto de, desses acidentes, resultar a maioria de vítimas mortais e de feridos graves”, afirmou o ministro, à margem da cerimónia comemorativa do 147º aniversário da PSP/Porto.
Afirmando que estes aspectos tinham já sido verificados no passado, Miguel Macedo considera que tal implica uma necessidade de “estreitar mais a cooperação técnica com as autarquias locais, com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) e com as forças de segurança”.
O objectivo, sublinhou, é “que, nos locais onde sejam identificadas maiores dificuldades, possa também haver uma actuação concertada”.
Comentando os números do “Relatório de Sinistralidade Rodoviária 2013 - Vítimas a 30 dias” – vítimas mortais, resultantes de acidentes rodoviários, nos 30 dias após o acidente -, divulgado na terça-feira pela ANSR, o ministro destacou como “positivo” o facto de, ao longo da última década, o país ter começado “a inverter, e de forma sustentada”, uma situação de verdadeiro “flagelo”.
“Estamos ainda longe da meta que está apontada em termos europeus para 2020, mas o caminho é este e faz-se com mais formação, com mais sensibilização, mas também com mais fiscalização”, sustentou Miguel Macedo.
De acordo com as conclusões do Relatório de Sinistralidade Rodoviária 2013, o registo de mortos a 30 dias em consequência de acidentes rodoviários ocorridos durante o ano passado fixou-se em 637, menos 81 comparativamente com o ano anterior, enquanto o índice de vítimas mortais no ano passado decresceu 11,3 por cento relativamente a 2012.
Segundo os dados definitivos da ANSR, no ano passado ocorreram 30.339 acidentes com vítimas, mais do que no ano anterior, com 29.867, tendo a sinistralidade rodoviária provocado 36.807 feridos.