Exame evita biópsia de próstata desnecessária
O hospital em São Paulo é o primeiro do Brasil a usar este exame na prática clínica. O teste com este novo equipamento posicionado entre as pernas do doente, pode ser feito por homens com suspeita de cancro da próstata que já se submeteram aos exames de toque e de sangue (PSA) e têm indicação para fazer uma biópsia.
O objectivo é definir quem realmente deve ser submetido à biópsia, um procedimento invasivo que pode causar ansiedade e efeitos como dores e sangramento na urina e na ejaculação.
Na biópsia, uma agulha inserida no recto colhe fragmentos da próstata do doente. A anestesia pode ser local (com sedação) ou geral. Mas apenas de 30% a 40% das biópsias são positivas para cancro - ou seja, a maioria dos homens com suspeita da doença passa pelo procedimento invasivo desnecessariamente porque o exame de toque e o PSA dão margem para incertezas. Nos Estados Unidos, estudos mostram que há cerca de 750 mil biópsias de próstata desnecessárias por ano.
O A.C. Camargo avaliou o equipamento em 150 homens durante 18 meses e comparou os resultados do novo teste com os da biópsia. Resultado: o exame não invasivo teve um acerto de 90% em prever quem não precisaria de passar pelas agulhas.