Estudo identifica:

Tumores do pulmão pequenos, mas muito malignos

Investigadores do Instituto de Investigação Biomédica de Bellvitge (Idibell), em Espanha, identificaram as características dos tumores pequenos do pulmão que os tornam muito malignos, o que permitirá melhorar o seu tratamento.

O estudo, liderado por Manel Esteller, director do programa de Epigenética e Biologia do Cancro do Idibell, que permitiu identificar tumores do pulmão minúsculos, mas altamente malignos, foi publicado na revista científica Journal of Clinical Oncology.

O cancro do pulmão é actualmente o mais letal e é diagnosticado sobretudo num estágio avançado, o que limita o tratamento.

Os tumores pulmonares pequenos são um subtipo que, devido aos avanços no diagnóstico, se podem detectar em fases precoces e em relação aos quais a cirurgia pode ser curativa. No entanto, um terço destes tumores é altamente agressivo e extremamente propenso a gerar metástases.

O estudo, um projecto internacional financiado pela União Europeia, analisou "o cancro do pulmão no estádio I, aqueles tumores em que a cirurgia pode ser curativa", disse Manel Esteller.

"Descobrimos que um em cada três pequenos tumores reaparecerá e estará associado à morte do paciente. Mas o mais importante é já podermos começar a identificar que cancro se comportará desse modo tão agressivo", adiantou.

Os investigadores analisaram o ADN daqueles tumores e detectaram "alterações no seu programa genético, as designadas lesões epigenéticas, associadas a uma maior facilidade de crescerem e de se estenderem ao resto do corpo", explicou Esteller.

Anualmente são diagnosticados na Europa mais de 150.000 casos de cancro do pulmão, dos quais apenas entre 10 a 15% sobrevivem cinco anos depois.

Fonte: 
RTP Online
Nota: 
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