Nova batalha com os médicos
O caso de ontem levará o Parlamento a intervir. O ministério da Saúde não quis ontem comentar a situação, mas o Partido Socialista já veio pedir um esclarecimento à tutela e prometeu chamar a administração do hospital ao Parlamento para esclarecer a situação. Constantino Sakellarides, professor da Escola Nacional de Saúde Pública, e o bastonário da Ordem dos Médicos, não excluem que nos próximos dias sejam anunciadas mais demissões noutros hospitais.
Nas próximas semanas o ministro da Saúde terá também de enfrentar uma greve dos médicos, a segunda no seu mandato. A greve foi convocada pela Federação Nacional dos Médicos, o sindicato afecto à CGTP, para 8 e 9 de Julho. Em causa estão matérias laborais, como a renegociação do acordo colectivo de trabalho médico (que vigora apenas até ao final deste ano) e a proposta de código de ética já apelidado de "lei da rolha" por proibir os profissionais de saúde de falarem quando isso põe em causa a imagem das instituições em que trabalham. A Ordem dos Médicos já disse estar disponível para apoiar "qualquer forma de intervenção sindical". De fora da paralisação está, para já, o Sindicato Independente dos Médicos.
O ministro mantém ainda outro braço-de-ferro com a indústria farmacêutica para fechar o acordo de redução da despesa com medicamentos de 2012 e conseguir um novo entendimento para novas poupanças com remédios.