Utilizadores relatam explosões

Manuseio de cigarro electrónico requer cuidados

O cigarro electrónico é uma alternativa ao produto comum. Para funcionar, possui uma bateria (que geralmente é de lítio), um compartimento com a essência e uma resistência para transformar esse conteúdo em vapor. Há relatos de incêndios causados principalmente quando os utilizadores carregam o acessório.

Apesar de outros gadgets também possuírem bateria, o cigarro electrónico tem uma particularidade: a sua estrutura geralmente é frágil e pode ser danificada facilmente. Além disso, o seu uso é muito próximo ao rosto, tornando uma possível explosão mais perigosa. Por isso, manuseá-lo requer cuidados específicos.

Segundo João Carlos Lopes Fernandes, professor de equipamentos electrónicos do Instituto Mauá de Tecnologia, o cigarro electrónico é mais vulnerável a todo tipo de danos do que os telemóveis, por exemplo.

“O telemóvel é mais bem revestido do que um cigarro electrónico e isso protege a sua bateria de pancadas, por exemplo. Já no gadget para fumar há apenas uma capa de plástico, geralmente fina e frágil. Isso deixa o equipamento susceptível a danos, que podem causar fugas ou curtos-circuitos”, explicou.

Nos últimos meses, diversas explosões foram relatadas. A britânica Kim Taylor afirmou que o seu carro foi incendiado pelo gadget. Já noutro caso, uma mulher culpou o produto por um incêndio no seu apartamento. Num terceiro acidente, a utilizadora teria sofrido queimaduras na perna depois de o acessório explodir.

Quando essas situações acontecem, o motivo é geralmente o uso de um carregador diferente - e não aquele que acompanha o produto. Esse intercâmbio de acessórios é perigoso, segundo o professor Fernandes. “Não se pode carregar electrónicos em acessórios diferentes só porque eles têm a mesma entrada. Os produtos têm voltagens distintas. Um carregador muito forte pode sobrecarregar uma bateria fraca, causando a explosão”, explicou.

Outras questões precisam de ser levadas em conta para evitar um possível incêndio. Climas muito quentes e demasiado tempo na tomada (como durante toda a noite) podem colaborar para que haja problemas com o gadget, segundo o professor. 

Fabricantes como a Eversmoke, a Blu e V2 dão dicas parecidas para os utilizadores: nunca deixar o produto a carregar sozinho, não carregá-lo em ambientes quentes, como um carro fechado, manter o gadget seguro num estojo e não utilizar o acessório se ele aparentar “inchaço”.

Fonte: 
Diário Digital
Nota: 
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