Associação assinala 23 anos de luta contra a Dor
“Nos últimos 20 anos, o panorama nacional no estudo e no tratamento da dor apresentou uma enorme evolução, mas teremos ainda um caminho longo e árduo a percorrer. Reafirmamos o nosso compromisso para com todos os portugueses que o alívio da dor é um direito dos doentes e um dever dos profissionais, que constitui um imperativo ético, promover o seu tratamento precoce e adequado”, refere o médico Duarte Correia, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor.
E acrescenta: “é contudo necessário melhorar a acessibilidade dos doentes, promover uma rede de referenciação para a medicina da dor, aumentar o número de Unidades de Tratamento da Dor, e dos recursos humanos afectos a estes serviços, apostar na formação dos profissionais de saúde nesta área”.
O médico alerta ainda que “em Portugal, à semelhança de outras patologias, na dor crónica apenas uma reduzida percentagem da população está correctamente diagnosticada com dor orofacial, quer por desconhecimento que existe tratamento, quer pela desvalorização deste problema”.
A dor orofacial é uma situação de dor associada aos tecidos da cabeça, face, pescoço e estruturas da cavidade oral. Incluem-se, entre outras, a dor de cabeça, garganta, por doenças graves como tumor, a dor com origem no sistema nervoso, e a disfunção da articulação temporomandibular.
Até Outubro deste ano celebra-se o ano mundial contra a dor orofacial, instituído pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP).
A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) tem por objectivos promover o estudo, o ensino e a divulgação dos mecanismos fisiopatológicos, meios de prevenção, diagnóstico e terapêutica da dor. Para mais informações: www.aped-dor.com ou [email protected]