Os jovens e o álcool em debate
Promovido pela Assembleia da República e pela Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE), o encontro visa analisar os dados mais recentes sobre o consumo de bebidas alcoólicas entre os jovens, bem como avaliar os resultados das actuais estratégias de redução de riscos, sobretudo a idade mínima para o consumo de álcool, segundo um comunicado da ANEBE.
Uma das reivindicações da ANEBE é que a interdição de venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos seja alargada a todas as bebidas.
Ao abrigo da actual Lei do Álcool -- revista há perto de um ano -- a venda de vinho e cerveja é permitida a maiores de 16 anos enquanto a venda de bebidas espirituosas só é autorizada a maiores de 18 anos.
Alega a associação que o “último relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre álcool e saúde demonstra claramente que o vinho e a cerveja são as bebidas alcoólicas mais consumidas em Portugal”.
Para a ANEBE, esses dados da OMS “colocam em causa a discriminação da lei actual, que apenas estabelece o limite de 18 anos para as bebidas espirituosas”.
Refere ainda que “não há álcool bom e álcool mau”, “nem diferença entre o álcool de um gin tónico, o de uma cerveja ou de um copo de vinho, pelo que o Estado ao estar a criar através de mecanismos e de política fiscal uma vantagem competitiva para os concorrentes faz com que a indústria de bebidas espirituosas pareça "uma galinha de ovos de ouro”, mas seja “uma galinha cada vez mais depenada”.