Actividade física pode ajudar

Prevenir doenças crónicas não transmissíveis

A actividade física pode ajudar a prevenir e tratar doenças crónicas não transmissíveis. Esta é a conclusão de um estudo levado a cabo pelo Comité Olímpico Internacional.

Um novo estudo desenvolvido pelo Comité Olímpico Internacional (COI) e publicado na prestigiada revista British Journal of Sports Medicine, revela que a actividade física pode ajudar a prevenir e tratar doenças crónicas não transmissíveis (DCNT) uma vez que estas estão fortemente associadas a estilos de vida individuais, dietas pouco saudáveis e uso excessivo de substâncias como o álcool e o tabaco.

O estudo revela também que o sedentarismo, ou seja o tempo que uma pessoa permanece sentada, está associado ao aumento do risco cardiometabólico, independentemente dos níveis de actividade física. Ao longo dos últimos 50 anos tem-se assistido a um declínio acentuado no gasto energético da população com o trabalho doméstico e outras actividades ocupacionais, o suficiente para explicar o aumento da prevalência da obesidade.

Para o Prof. Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), “o organismo humano foi desenhado para o desempenho de uma vida activa e variada. A vida moderna tem-nos forçado a ter um estilo de vida sedentário, sentados a maior parte do tempo à secretária, com as deslocações baseadas na utilização de meios de transportes”.

Segundo o cardiologista “devido a estas limitações que a vida moderna nos impõe, temos de compensar as necessidades do corpo humano dedicando algum tempo diário ao exercício. Os exercícios aeróbios são particularmente importantes para a prevenção e até melhoria de todas as doenças crónicas, em particular as cardiovasculares. Este tipo de exercícios mobiliza grandes massas musculares, em movimentos repetidos e contínuos, como a marcha, o ciclismo, a corrida, a natação, o remo e a dança, etc., levando por adaptação recorrente do treino (aeróbio) o coração a bater de forma mais eficaz, isto é, necessitando de bombear menos para produzir o mesmo trabalho, já que a circulação periférica lhe facilita o aporte sanguíneo”.

A Fundação Portuguesa de Cardiologia, criada em 1979, tem levado a cabo diversas iniciativas e programas de promoção da saúde e a prevenção, tratamento e reabilitação das doenças cardiovasculares, que constituem a principal causa de morte da população portuguesa.

 

Fonte: 
Vital Health
Nota: 
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