Descartada possibilidade de caso de vaca louca
O caso em questão foi descoberto em Abril deste ano pelo Laboratório Agropecuário em Pernambuco, instituição brasileira de referência para o diagnóstico de Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis, nome científico para a doença das vacas loucas.
Na sequência, o tecido nervoso do animal, abatido em Março, foi enviado ao laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês), no Reino Unido.
Após os exames, o laboratório considerou o caso uma ocorrência “atípica” da proteína EEB, que ocorre de forma “esporádica e espontânea”, sem relação com a ingestão de alimentos contaminados.
A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) é uma doença degenerativa não-transmissível que afecta o sistema nervoso central dos animais a partir de uma proteína infectante conhecida como “príon”.
No caso da EBB clássica, o gado adquire a proteína a partir de alimentos contaminados, o que deve ser combatido tendo em conta a facilidade da transmissão para outros animais.
Já no caso da EBB atípica, o “príon” é ligeiramente diferente e normalmente surge em animais mais velhos e não apresenta perigo de transmissão. O caso atípico é uma manifestação rara da doença, cujas causas ainda não foram totalmente esclarecidas.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, a corpo do animal com EBB atípico foi incinerado e “nenhum de seus produtos ingressaram na cadeia alimentar”.
As autoridades brasileiras garantem ainda que todas as propriedades por onde o animal havia circulado foram avaliadas sem qualquer constatação de outros casos entre os animais dessa fazenda.
As embaixadas brasileiras em países importadores de carne bovina do país foram colocadas à disposição para quaisquer esclarecimentos sobre o caso.