Nos hospitais do SNS

Despesa com medicamentos diminui 6,7%

A despesa com medicamentos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde diminuiu 6,7% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados oficiais.

O relatório de Março da Autoridade do Medicamento (Infarmed) relativo ao consumo de medicamentos em meio hospitalar, mostra que a despesa nos três primeiros meses de 2014 foi de 240,4 milhões de euros, que corresponde a uma variação homóloga de -6,7%.

O Centro Hospitalar de Lisboa Norte (que integra o Santa Maria) e o Centro Hospitalar do Porto foram os que mais contribuíram para o decréscimo da despesa neste primeiro trimestre, com reduções de 11,8% e 19%, respectivamente.

Apesar da redução global, das 46 entidades hospitalares analisadas no relatório há 18 que registaram acréscimo de despesa com medicamentos no primeiro trimestre do ano.

Entre os que aumentaram a sua despesa em termos percentuais, destacam-se o Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto, o Centro de Medicina e Reabilitação da Região Centro e o Instituto Português de Oncologia de Coimbra.

O relatório do Infarmed salienta que o decréscimo da despesa hospitalar se observa desde maio de 2013, decorrendo “provavelmente das medidas implementadas relativas à definição e revisão dos preços dos medicamentos hospitalares assim como do acordo estabelecido entre o Ministério da Saúde e a Indústria Farmacêutica”.

Do total da despesa com fármacos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a despesa em ambulatório representou 75% do total, com 181 milhões de euros. No ambulatório engloba-se a consulta externa, o hospital de dia e a cirurgia de ambulatório.

O peso do ambulatório hospitalar fica a dever-se, essencialmente, aos gastos com remédios para a infecção VIH/SIDA, para a oncologia e artrite reumatoide.

Contudo, a nível isolado, os medicamentos para o VIH/SIDA tiveram um decréscimo na despesa de 11,4%, sobretudo devido à redução dos preços médios destes fármacos.

Já os medicamentos para a artrite reumatoide e outras doenças específicas, como espondilite anquilosante ou a psoríase em placas, viram aumentar a sua despesa.

Fonte: 
TVI24 Online
Nota: 
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