Pessoas com doença arterial periférica aumentaram 25% em 10 anos
Em 2010, cerca de 202 milhões de pessoas sofriam da doença arterial periférica – circulação perigosamente reduzida ou bloqueio do fluxo de sangue nas pernas - em comparação com as 164 milhões registadas uma década antes. Segundo a análise publicada na revista médica britânica Lancet o aumento do número de casos é mais significativo entre as pessoas de meia-idade nos países em desenvolvimento, escreve o Sapo Saúde.
O aumento é atribuído ao crescimento da esperança de vida, dado a doença ocorrer principalmente entre os idosos, mas também a um estilo de vida sedentário.
Ser fumador, diabético, hipertenso ou ter excesso de colesterol constituem factores de risco.
A doença arterial periférica está relacionada com uma série de problemas, incluindo um aumento de quase três vezes do risco de ataques cardíacos e de acidentes vasculares cerebrais. A forma mais avançada da doença representa um grave risco de amputação.
"Esta doença vascular periférica tornou-se um problema mundial do século XXI e já não pode ser vista como uma doença dos países ricos”, sublinha o professor Gerry Fowkes, da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, responsável pelo estudo.
Segundo Fowkes, "este crescimento espectacular representa um desafio importante para a saúde pública, devido à perda de mobilidade, de uma qualidade de vida reduzida e do aumento do risco de ataque cardíaco e cerebral (AVC) ” nas pessoas atingidas.