AstraZeneca rejeita oferta de compra da Pfizer
Depois de a multinacional americana criadora do Viagra ter comunicado que tinha feito uma nova proposta – após outras duas tentativas falhadas de negociação –, a AstraZeneca anunciou que não hesitou em rejeitar a oferta. A AstraZeneca considerou que a proposta “desvalorizava substancialmente” a empresa, apontando, entre outros factores, a dimensão da parcela do pagamento que seria feita em acções.
A Pfizer tinha proposto à AstraZeneca um pagamento combinado em dinheiro (32%) e acções (68%) que, à cotação desta quinta-feira [1 de Maio] da multinacional americana, totalizaria 50 libras por cada acção da farmacêutica britânica, num negócio que seria o maior da história do sector farmacêutico. A oferta representaria, segundo a Pfizer, um prémio para os accionistas de 32% sobre a cotação de 17 de Abril, “sendo esta a data anterior à especulação do mercado sobre uma possível oferta”.
A AstraZeneca, com sede em Londres, resulta da fusão entre uma farmacêutica britânica e outra sueca e é uma das maiores do mundo, com cerca de 51 mil funcionários e receitas próximas dos 19 mil milhões de euros em 2013 — metade do volume de negócios da Pfizer, que emprega 90 mil pessoas.