Tratamento das alergias custa ao SNS 40 milhões de euros
O número de doentes com alergias duplicou em pouco mais de uma década, e esta é já a 6ª doença mais frequente do mundo segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Afectando cerca de um terço da população portuguesa, o tratamento das alergias e da asma implica uma administração de medicamentos e internamentos hospitalares que além de não tratarem definitivamente a doença, saem caro ao Serviço Nacional de Saúde. Mas há alternativas.
De acordo com Wenqian Chen, directora do Centro de Terapias Chinesas em Lisboa, o tratamento deve passar pelo tratamento do órgão fragilizado. “O nosso objectivo é que todo o organismo esteja saudável, e não apenas que lute contra a patologia em causa”, começa por explicar a especialista que abriu este centro em Lisboa há 22 anos e que recebe pessoas de todo o país e mesmo do estrangeiro (Angola é disso um forte exemplo, com muitos doentes que vêm de propósito para se tratar).
Algo que se explica porque acaba por ser “muito mais económico. O tratamento que fazemos, para começar, não precisa de exames que são caríssimos. Nós vamos tratar aquilo que está a provocar a patologia. E, no fundo, o que fazemos é que o corpo se volte a equilibrar para não ter fragilidades”, explica Chen.
A Medicina Ocidental faz um tratamento anti-alergias, mas as pessoas acabam por ter que tomar medicamentos a vida toda e a tendência para piorarem é grande, já que os anti-alérgicos diminuem a capacidade de defesa e de resposta do corpo. “Se o nariz espirra é uma defesa. Pode causar desconforto mas é uma forma de se defender. Ao contrariarmos esses sintomas não estamos a tratar, mas apenas a adiar a doença e a piorá-la”, explica a especialista que admite que a poupança é aquilo que mais tem movido os portugueses na procura da Medicina Chinesa, “porque o próprio tratamento depois pode até ser feito em casa. E a pessoa fica sem asma ou alergia. É um tratamento definitivo e sem efeitos secundários”.
No tratamento das doenças crónicas como a asma ou alergia, a Medicina Chinesa procura uma eliminação permanente das mesmas, e não apenas um tratamento dos sintomas. Assim, combina a fitoterapia (plantas medicinais) que ajuda a eliminar a mucosidade, com a acupunctura e a moxabustão, apresentando taxas de sucesso muito elevadas de mais de 50% nos adultos, defende a especialista, e de 70% em crianças.