Portaria dos hospitais "vai evoluir"
Falando no final da cerimónia de apresentação do novo serviço Saúde 24 Sénior, o ministro da Saúde explicou que a portaria 82/2014, que tem sido bastante contestada por autarcas, sindicatos e Oposição, deve ser encarada como “um guia para os planos estratégicos que os hospitais estão a elaborar” e que também dependem do que vierem a ser os centros de referência e as redes de referenciação que serão definidas.
“Temos aqui algo que não tem nada de estático, algo que vai evoluir”, disse, à margem da apresentação do novo serviço da linha Saúde 24, destinado a apoiar idosos com mais de 75 anos, garantindo que os serviços de excelência que existem serão ponderados e “devem ser obviamente preservados”, mas não se comprometendo com nenhum em concreto.
Questionado sobre o serviço de Cirurgia Cardíaca, do Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, que juntamente com Gaia está ameaçado de fecho por esta portaria, Paulo Macedo disse que os serviços altamente diferenciados e de elevado grau de complexidade serão ponderados. Mas “não é para ser tudo imovível e que não possa mudar se for para melhor”, disse, insistindo que o que se pretende é saber como é que os portugueses podem aceder aos serviços, tendo em conta o panorama nacional.
“Vamos ter bastante ponderação”, insistiu, garantindo que o que se pretende é, “de forma serena, dar um conjunto de passos naquilo que é a reforma hospitalar, que é algo muito complexo, que precisa de bastante tempo para se sedimentar, mas que vamos desenvolver de forma segura”, disse.