650 burlas ao SNS e à Segurança Social
Segundo dados da Procuradoria-geral da República, entre 2009 e 2013, foram investigados mais de 650 casos. Os dois ministérios concertaram esforços com a Polícia Judiciária no combate à fraude. Sete gravidezes consecutivas de gémeos; uma assinatura falsa para receber durante anos a pensão da prima falecida; três bilhetes de identidade para receber três vezes o Rendimento Social de Inserção (RSI); empresas fantasmas criadas apenas para receber o subsídio de desemprego; falsificação de receitas médicas; esquemas de compras e vendas fictícias de medicamentos. Tudo serve para tentar enganar o Estado. De acordo com dados fornecidos pela Procuradoria-geral da República ao DN, entre 2009 e 2013 foram investigados mais de 650 casos de fraude à Segurança Social e ao SNS.
Como muitos dos processos estão em investigação, o montante em que o Estado foi lesado ainda não está apurado, mas, só na área da saúde, o ministério liderado por Paulo Macedo contabiliza 225 milhões de euros em três anos. A este valor, o Ministério da Justiça junta cinco milhões na área Social - referentes a apenas 10 processos -, mas reconhece que a burla “será substancialmente superior” pois muitas destas investigações estão ainda “em estado relativamente embrionário”.