Fim das comparticipações para tratamentos termais
“As termas de S. Pedro do Sul, de longe as mais frequentadas a nível nacional, reúnem mais aquistas do que todas as outras existentes na região Centro, tendo chegado já a receber 24 mil. Só nos balneários, no pico da procura, chegaram a trabalhar mais de 220 pessoas”, refere comunicado. No entanto, no ano passado, o número de aquistas foi de apenas 15 mil, “facto que revela a dificuldade de acesso a estes equipamentos de saúde, bem como o declínio da actividade económica local”, consideram dois deputados socialistas de visita às termas de S. Pedro do Sul, no âmbito do projecto Novo Rumo para a Saúde.
Na opinião dos deputados, “o facto de estes tratamentos terem deixado de ter qualquer comparticipação da ADSE e do SNS (Serviço Nacional de Saúde) é um dos maiores constrangimentos”. A juntar ao fim das comparticipações, “em matéria fiscal, as deduções ao IRS também ficaram prejudicadas e tiveram idêntica decisão” e “o turismo de saúde, sénior, promovido pelo Inatel, acabou”.
“Estes factos, no seu conjunto, revelam que a política de restrição seguida fez entrar em défice todo o sector, com uma preocupante acumulação de desemprego”, afirmam.
José Junqueiro e Acácio Pinto sublinham que “a realidade termal é um recurso natural precioso, habilitante, entre outras realidades, de uma política preventiva na saúde, de cuidados primários, intergeracional, promovendo a utilização regular destes equipamentos durante todo o ano”.
Por isso, dizem ser consensual a necessidade de dar prioridade à “revisão da intervenção da ADSE e do SNS, da política fiscal e do envolvimento dos representantes do sector e autarcas na definição de uma estratégia no próximo quadro comunitário de apoio”.
“Num momento em que melhor prevenção significa menos episódios agudos, menos urgências, menos medicamentos, menos dias de baixa por doença, é inelutável que o caminho seguido até aqui foi um erro grosseiro”, sublinham.