Identificada região do cérebro afectada pelas pernas inquietas
“O problema está em que falha um interruptor que acende o Meisl no telencéfalo e, ao caírem os níveis deste gene, produzem-se pequenos defeitos neurais, que, em pessoas idosas, causam o desenvolvimento da doença, possivelmente associada a outros problemas”, afirmou José Luis Gómez Skarmeta, investigador do Centro Andaluz de Biologia do Desenvolvimento, uma das instituições científicas que participaram no estudo.
Segundo Gómez Skarmeta, mutações neste “interruptor” causam uma falha na activação do Meisl e a consequente acção dos gânglios basais, células nervosas que se encontram perto da base do cérebro, dentro do telencéfalo, e que estão ligadas fundamentalmente aos movimentos.
Calor, inquietação, dor, pontadas e espasmos nas pernas durante o sono são outros dos sintomas da patologia, que levam os doentes a terem necessidade de movimentar as pernas para aliviarem essas sensações.
Os resultados da investigação, na qual participou também a Universidade de Standford, nos Estados Unidos, foram publicados na revista Genome Research.