Câmara de Gaia prevê gastar

1,6 milhões de euros para retirar amianto das escolas

Autarquia diz que está a procurar financiamento para conseguir fazer as intervenções necessárias e compromete-se a resolver tudo até ao fim do mandato. A associação entre o amianto e o cancro retomou recentemente os protestos em várias zonas pela existência de edifícios ainda com este material.

O presidente da Câmara de Gaia estima que sejam necessários cerca de 1,6 milhões de euros para retirar o amianto dos jardins-de-infância e escolas de 1.ºciclo sob responsabilidade desta autarquia e defendeu a comparticipação do Governo.

A questão do amianto existente em estabelecimentos de ensino de Gaia foi levantada na Assembleia Municipal (AM) por munícipes e através de uma proposta apresentada pelo Bloco de Esquerda intitulada “Plano de Emergência para o Fim do Amianto [placas de fibrocimento] nas Escolas de Vila Nova de Gaia”. Recentemente o debate sobre ainda existirem edifícios com amianto e a sua relação com casos de cancro foi retomado, com várias autarquias a tentarem uma solução.

Eduardo Vítor Rodrigues informou que está a ser feito um estudo focado nos estabelecimentos de ensino que são responsabilidade da autarquia, jardins-de-infância e escolas de 1.ºciclo, e o autarca prevê que seja necessária uma verba a rondar 1,6 milhões de euros para tratar a questão.

O presidente da Câmara defendeu que o problema deveria ser tratado “centralmente” pelo Governo ou “regionalmente” pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, acrescentando que chegou a existir a intenção de candidatar a retirada de amianto a nível nacional ao antigo Quadro Comunitário de Apoio (ciclo 2007/13), ideia que foi cancelada e a candidatura transferida para as áreas do Ambiente, Turismo e Cultura.

À margem da sessão, Vítor Rodrigues adiantou já terem sido identificadas 32 escolas em Gaia com amianto e que, após o estudo focado no meio escolar, a Câmara vai avançar para um levantamento aos pavilhões de associações e espaços públicos do concelho.

“Queremos ter tudo pronto para, mal abra um financiamento, podermos avançar. A Câmara percebe que vai ter de comparticipar, mas não temos capacidade para a totalidade. Se até ao final do ano lectivo o Governo não abrir uma linha de financiamento, nós vamos começar a obra em três fases, garantindo que até ao final deste mandato acaba o problema. Mas é muito injusto porque estas eram escolas do Governo. Esta é uma questão de saúde pública”, disse o autarca de Gaia.

Fonte: 
Público Online
Nota: 
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