Um de cada três casos afecta mulheres com menos de 45 anos
O relatório, que se baseia em dados recolhidos junto de mais de 10 600 doentes oncológicas em 35 hospitais (entre 1998 e 2001 e respectiva evolução até 2007), destaca um incremento de casos em idades menos avançadas.
As conclusões do estudo - realizado no âmbito do projecto ‘El Álamo III’ do Grupo Espanõl de Investigación e Cancér de Mama (Geicam) – foram apresentados à imprensa.
De acordo com o relatório, o ritmo de vida actual e outros aspectos que estão na base das mudanças sociais e culturais nas últimas décadas (dietas; renúncia ou atraso da idade de maternidade) explicam a incidência de casos em idades inferiores aos 45 anos.
A idade da primeira gravidez é um factor de “risco importante”, considera Ana Lluch, directora do serviço de Hematologia e Oncologia no Hospital Clínico de Valência, explicando que a gestação tem um “efeito protector” face ao cancro da mama.
Por outro lado, o aumento de casos detectados em idades mais jovens resulta da maior facilidade de acesso a meios de diagnóstico (mamografias) e da crescente consciencialização das mulheres espanholas para o risco da doença.