Ministro nega que hospitais recusem doentes
“Não há recusa de um hospital em receber doentes. Os hospitais recebem doentes de acordo com as regras de referenciação. O caso de consultas tem uma referenciação predominantemente do conjunto dos seus centros de saúde, no caso de certas patologias ou áreas diferenciadas, um hospital, designadamente o central, recebe referenciações de toda uma área enorme”, disse o ministro da Saúde à margem de uma conferência na Universidade do Minho, em Braga. O titular da pasta defendeu a existência de unidades de proximidade e a necessidade de “afinar as redes de referenciação” e alertou ainda que se a população recorrer toda a um hospital central o financiamento “vai cada vez mais” para os grandes hospitais, ficando as unidades de proximidade sem financiamento.
Segundo o ministro, que reafirmou a utilidade de unidades hospitalares de proximidade, a liberdade de escolha é o caminho mas tem que ser feita com reservas, noticia o Jornal de Notícias.
“Temos que manter, afinar as redes de referenciação, caminhar no sentido de liberdade de escolha, fazer tudo de forma muito ponderada para não enchermos os hospitais mais diferenciados com casos que podem ser tratados nos hospitais de maior proximidade, e todos defendemos a existência de unidades de maior proximidade”, disse.
Paulo Macedo esclareceu, assim, que se pode recorrer aos hospitais centrais mas não em qualquer situação. “Devem ir para aquilo que é necessário”, referiu.