8.º Congresso do AVC: Grande fórum nacional da doença vascular cerebral
Nos próximos dias 6 a 8 de Fevereiro realiza-se, no Centro de Congressos do Hotel Porto Palácio, no Porto, o 8.º Congresso do Acidente Vascular Cerebral (AVC) organizado pela Sociedade Portuguesa do AVC, onde se esperam mais de 700 participantes. A sessão de abertura do evento conta com a intervenção do Prof. Fernando Pádua.
“Novos dados sobre a prevalência dos factores de risco em Portugal” é o tema da conferência que revelará os resultados do estudo E-Cor, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Saúde Pública, coordenado por Mafalda Bourbon.
A radiografia de uma população que não se encontra sistematicamente estudada, de forma a fornecer os dados necessários sobre o risco de AVC em Portugal aos médicos e aos decisores políticos. O estudo propõe-se determinar a prevalência dos principais factores de risco vascular na população portuguesa, nomeadamente o consumo de tabaco, a diabetes, o colesterol elevado, entre outros.
Para além da prevenção e depois do tratamento o tema “Melhorar a vida após AVC” fala da reinserção profissional, da depressão e da condução de automóveis, como faces de uma realidade complexa: a da recuperação do doente.
A “reabilitação cognitiva” é também um tema em destaque, com o relato da “Experiência de um centro de reabilitação cognitiva britânico, por Jill Winegardner que escreveu sobre a vida depois da lesão cerebral.
A relação da Diabetes com o AVC é, desde logo, tema de abertura do Congresso e comprova a transversalidade do estudo da doença vascular cerebral, tocando diversas especialidades médicas.
Numa análise global ao tratamento do AVC em Portugal, Prof. Castro Lopes, Neurologista e Presidente da Sociedade Portuguesa de AVC, refere que “O AVC, sendo uma catástrofe, é prevenível e, a tempo, pode ser tratado. Nos últimos anos houve imensos progressos ao nível das Ciências Básicas, da Indústria Farmacêutica inovadora e consequentemente nos cuidados a prestar aos doentes vítimas de AVC. Mesmo assim, há evidência que estamos longe da adopção de medidas adequadas porque a população portuguesa, dá mostras de que se não preocupa, menospreza os factores de risco vascular, e não valoriza os sinais da presença de um AVC nem as medidas a tomar em caso de estar perante esta doença súbita fatal. A sociedade no seu todo tem de investir mais na Prevenção”, exclama e acrescenta que “Essa é a chave para a redução da primeira causa de mortalidade e incapacidade em Portugal – o AVC.”