Paragem da Saúde 24 com a adesão de 50% dos trabalhadores
Márcia Silva sublinhou que os níveis de adesão dos trabalhadores do turno na manhã (08:00 às 16:00) se mantiveram, face ao dia anterior, e adiantou que se registaram chamadas perdidas e em espera, embora actualmente apenas a administração da empresa e os supervisores tenham acesso à informação do call center.
Questionada sobre a intenção da empresa que gere a Linha Saúde 24 ter em funcionamento, em Abril, um serviço específico para apoio aos idosos e um canal específico para a gripe já a partir de hoje, Márcia Silva respondeu que a linha “tem potencial”, mas “não vai ter capacidade de resposta” porque “está a substituir elementos válidos”.
“Penso que nunca conseguirão manter a linha sem contratar mais enfermeiros, mesmo não ampliando os serviços”, salientou. Em declarações anteriores, Márcia Silva afirmou que cerca de uma centena de trabalhadores “foi despedida porque não quis aceitar a redução de salário”.
Os responsáveis da Linha Saúde 24 já disseram que estão a contratar enfermeiros para estes serviços personalizados e anunciaram que vão pedir uma audiência urgente à Ordem dos Enfermeiros para expor o que dizem ser situações de falta de ética de alguns profissionais que perturbam um serviço público.
Márcia Silva contesta: “A comissão (informal de trabalhadores) não decide seja o que for. As decisões são discutidas com os colegas e tomadas em conjunto”.
Já no dia 4 de Janeiro os funcionários tinham parado durante 24 horas, em protesto contra os despedimentos em curso, que consideram ser uma “retaliação clara por parte da empresa por estes trabalhadores não terem aceitado a redução salarial e exigirem um contrato de trabalho em vez do ilegal falso recibo verde”.
O boicote à Linha que se iniciou na sexta-feira prolongou-se até às 08:00 do dia de hoje.