Fundação “la Caixa” entrega 25,7 milhões a 29 projetos de investigação em biomedicina
Entre as iniciativas selecionadas encontram-se nove projetos de seis centros de investigação portugueses: Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier da Universidade Nova de Lisboa (ITQB NOVA), Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular (GIMM), Instituto de Biomedicina (iBiMED) da Universidade de Aveiro, Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Universidade do Minho e Fundação Champalimaud. Estes nove projetos selecionados receberão um apoio superior a 7,6 milhões de euros.
A convocatória, que nesta sétima edição recebeu 580 propostas de investigação básica, clínica e translacional, está especialmente direcionada para enfrentar desafios de saúde nas seguintes áreas: doenças infeciosas (com 7 projetos selecionados, 5 dos quais em Portugal), oncologia (6 projetos selecionados, um deles em Portugal), doenças cardiovasculares e metabólicas (5 projetos selecionados, um deles em Portugal) e neurociências (5 projetos selecionados, um deles em Portugal). Além disso, 6 outras iniciativas selecionadas (1 das quais em Portugal) desenvolverão tecnologias facilitadoras num destes domínios.
A seleção conta com a contribuição da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), que financia com quase 2,5 milhões de euros 3 dos 9 projetos portugueses selecionados nesta edição.
Entre as iniciativas de ou Centros de Investigação, destacam-se, projetos que visam encontrar novas estratégias para combater as bactérias que causam a tuberculose; modular a ação dos linfócitos T e evitar respostas imunitárias hiperativas; compreender melhor o processo de formação de metástases de tumores da mama para as prevenir; desenvolver a deteção precoce de doenças neurodegenerativas; compreender como o parasita que causa a doença do sono consegue invadir os tecidos; ou desenvolver um tratamento para a doença de Machado-Joseph, uma doença neurodegenerativa hereditária rara.
Os apoios representam um suporte financeiro de até 500.000 euros para projetos apresentados por uma única organização de investigação e de até um milhão de euros para projetos apresentados por consórcios de 2 a 5 organizações de investigação. Todos eles terão até 3 anos para executar as suas investigações.
Os projetos apresentados em consórcio nesta edição envolvem grupos de investigação dos Países Baixos, Alemanha, Singapura, Itália, Israel e Austrália.
Uma convocatória competitiva e colaborativa
O CaixaForum Madrid acolheu esta terça-feira a cerimónia de entrega das ajudas, que contou com a presença de representantes da Fundação “la Caixa”, entre os quais o Diretor-Geral Adjunto, Juan Ramón Fuertes; o curador da Fundação e Presidente Honorário do BPI, Artur Santos Silva; o membro do Comité de Responsabilidade Social do BPI, José Pena do Amaral; a presidente do Conselho Diretivo da FCT, Madalena Alves; o presidente do Comité Científico da Fundação ”la Caixa”, Javier Solana; e o diretor da Área de Relações com Instituições de Investigação e Saúde também da Fundação ”la Caixa”, Ignasi López. Também estiveram presentes a presidente da Fundação Luzón, María José Arregui, bem como os investigadores e investigadoras responsáveis pelos projetos.
O CaixaResearch para a Investigação em Saúde é uma convocatória que conta com a participação de peritos internacionais de grande prestígio nas suas áreas de estudo para selecionar os projetos com maior excelência científica e impacto social.
Desde o início do programa em 2018, a dotação total da convocatória foi de 145,7 milhões de euros para 200 projetos, 63 dos quais liderados por grupos de investigação em Portugal. Esta é atualmente a maior convocatória filantrópica de investigação em biomedicina e saúde em Portugal e Espanha.
Os investigadores que pretendam candidatar-se a um financiamento no âmbito desta convocatória de 2025 podem apresentar os seus projetos até 20 de novembro deste ano. Como novidade, nesta edição em curso, as iniciativas centradas em doenças raras pediátricas e em diabetes tipo 1 terão a oportunidade de receber financiamento específico no âmbito de colaborações com a Fundação Breakthrough T1D e com a Fundação de Investigação Sant Joan de Déu, em Espanha.