Apoio aos bebés prematuros exige ação imediata e decisiva
O nascimento prematuro é, a nível mundial, a principal causa de morte de crianças com menos de cinco anos. Em Portugal, a taxa de prematuridade é de cerca de 8% e, apesar dos avanços, as unidades neonatais ainda enfrentam desafios graves – falta de recursos humanos, insuficiência de infraestruturas adequadas e equipamento, e desigualdade no acesso a apoio contínuo para as famílias.
“O Dia Mundial da Prematuridade 2024, pelo que representa, é a oportunidade para a comunidade se unir e exigir, no nosso país, compromissos que assegurem condições adequadas e cuidados de qualidade centrados na criança e na família, garantindo que cada vida seja valorizada e que todos os bebés que nascem cedo demais e as suas famílias encontrem todo o apoio neste momento tão desafiador.”, afirma Paula Guerra, Presidente da XXS.
Em Portugal, a proximidade deste dia reforça a urgência de mudanças e de se abordar as condições inadequadas que comprometem os cuidados neonatais no nosso país. O tema deste ano impulsiona-nos a agir localmente para assegurar que os stakeholders nacionais, incluindo os líderes de saúde e os decisores políticos, promovem o bem-estar dos bebés prematuros e das suas famílias, e que os nossos hospitais e unidades locais de saúde estão preparados para responder aos desafios da prematuridade.
Em parceria com a SPN e a APEPEN, são destacadas algumas medidas, para o contexto nacional que a XXS considera essencial, como: a separação Zero entre Pais e Bebés. "Solicitamos que os hospitais ofereçam condições para que todos os pais possam permanecer, se for essa a sua vontade, 24 horas / 7 dias por semana junto dos seus bebés, favorecendo uma prática de cuidados centrada na família"
Por outro lado considera-se "imperativo que as novas unidades hospitalares previstas em Portugal sigam padrões rigorosos de design para unidades neonatais, incluindo áreas dedicadas aos Cuidados Centrados na Criança e na Família, e quartos de preparação da alta hospitalar e de luto"
A Formação e Recrutamento de Profissionais de Saúde Especializados é outra das medidas que devem ser prioritárias neste contexto. "A escassez de neonatologistas e enfermeiros com formação específica compromete a qualidade dos cuidados", escreve a XXS em comunicado.
Por outro lado, conidera que "a presença de suporte emocional e a formação prática para os pais devem ser asseguradas em todas as unidades".
Segundo a XXS, "cada unidade neonatal deve estar equipada com tecnologias de ponta que ofereçam as melhores oportunidades de sobrevivência e qualidade de vida aos bebés que nascem cedo demais ou doentes", sendo essencial ainda o investimento em investigação e prevenção de prematuridas. "É essencial que Portugal invista tanto na prevenção de nascimentos prematuros, quanto na pesquisa de novas soluções para melhorar os cuidados neonatais", revela.
Igualmente, "as associações devem ser incluídas em grupos de discussão sobre políticas de saúde materna e neonatal".