A relação entre o álcool e o fígado: um apelo à consciência
A esteatose hepática é, frequentemente, o primeiro estádio da doença hepática relacionada com o álcool. Caracteriza-se pela acumulação de gordura nas células do fígado e é, muitas vezes, assintomática. No entanto, se não for controlada, pode progredir para formas mais graves de doença hepática.
A hepatite alcoólica, por exemplo, é uma inflamação do fígado que pode causar sintomas como febre, icterícia e dor abdominal. Esta condição pode ser grave e, em alguns casos, fatal. A progressão da doença hepática alcoólica pode culminar na cirrose hepática, uma condição em que o tecido hepático saudável é substituído por tecido cicatricial. Este processo impede o fígado de funcionar corretamente e pode levar a complicações ainda mais graves, incluindo insuficiência hepática e cancro do fígado.
Quando já existe cirrose, ela é muitas vezes irreversível, mas a sua progressão pode ser retardada ou mesmo evitada através da abstinência do álcool.
É crucial compreender que os riscos associados ao consumo de álcool não se dirigem apenas aos grandes consumidores. Mesmo o consumo moderado pode causar danos ao fígado, especialmente se for realizado de forma contínua ao longo do tempo.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, não existe uma quantidade de álcool que possa ser considerada inteiramente segura. Mesmo pequenas quantidades, que ultrapassem um a dois copos por semana de qualquer bebida alcoólica, podem ser prejudiciais, pois os efeitos do álcool dependem das características pessoais e do estado de saúde de cada indivíduo. Fatores como a genética, o estado nutricional e a presença de outras doenças podem influenciar a suscetibilidade de uma pessoa ao dano hepático induzido pelo álcool.
Durante a Semana da Consciencialização do Álcool, a APEF encoraja todos a reavaliar os hábitos de consumo de álcool. Adotar uma abordagem consciente e informada pode não só proteger o fígado, mas também melhorar a saúde geral e a qualidade de vida. A prevenção é a melhor estratégia e, para isso, a educação e a sensibilização são ferramentas essenciais!