Diretora de Marketing da Wells apela a que falar sobre a saúde da mulher se torne “normal”
Marta Castro, que moderou o primeiro painel, destacou a campanha lançada recentemente pela Wells, que contribuiu significativamente para o fim dos tabus sobre a saúde da mulher. “Enquanto marca, é muito importante consciencializar todos para estes temas que não se falam tanto. Temos muito a fazer com esta bandeira, para que falar destes temas se torne mais normal”, afirmou.
A influenciadora digital Mia Relógio aproveitou o momento para partilhar a sua história pessoal e enfatizou a importância de criar um ambiente leve para discutir estes assuntos. “Quando se cria leveza, criamos uma corrente para falar sobre estes temas”, disse, destacando “o apoio da família e amigos” que teve ao longo do processo de engravidar. “Só quem passa por este processo é que percebe. Ficamos obcedas com aquilo. Foi um caminho penoso”, contou.
A jornalista Rita Marrafa de Carvalho sublinhou o papel crucial dos jornalistas no esclarecimento da realidade portuguesa. “O papel dos jornalistas é trazer para discussão temas que são necessários. Quanto mais trazemos, mais humanizamos, dando um rosto à causa”, afirmou.
Cláudia Bancaleiro, em representação da Associação Portuguesa de Fertilidade, apelou ao investimento e à sensibilização do poder político para estes temas e lamentou o preconceito que existe à volta deles: “Quem passa por estes problemas continua fechado, a não querer falar.”
Psicóloga Teresa Ribeiro alerta para ansiedade, depressão e sensação de falha
No segundo painel, moderado por Miguel Raimundo, o tema foi fertilidade, nutrição e saúde mental. A psicóloga Teresa Ribeiro enfatizou a importância do apoio psicológico para ambos os membros do casal, dada a “sensação de falha, impotência, ansiedade e medo que sentem”. “É importante trabalhar na comunicação no casal, para não caírem na solidão e no silêncio. Os casais não estão sozinhos porque existe apoio especializado nesta área”, afirmou ainda.
A nutricionista Marta Magriço falou sobre a evolução na procura de apoio nutricional, durante o processo de conceção. “Antes, os casais procuravam a nutrição no fim da linha, quando já não conseguiam resultados, em consultas de desespero. Hoje em dia, já vêm para se prepararem”, explicou, destacando que “a alimentação tem um impacto muito positivo nos tratamentos de fertilidade e na conceção, sendo a base o estilo de vida e a gestão do stress.”
Miguel Raimundo faz um balanço muito positivo do evento. “Foi um sucesso e permitiu um espaço acolhedor, dinâmico e descontraído, para uma discussão aberta e essencial sobre a fertilidade e saúde feminina e os tabus que, infelizmente, ainda estão associados”, disse.