Os benefícios da radiofrequência no tratamento da dor
Esta técnica consiste na aplicação de uma corrente elétrica de alta frequência (geralmente em torno de 500.000 Hz) por meio de um gerador específico, transmitida até à ponta de uma agulha inserida na área afetada. Este processo visa interromper os sinais de dor transmitidos pelos nervos, proporcionando alívio aos pacientes.
Existem três tipos principais de Radiofrequência utilizados na prática clínica:
- Radiofrequência Continua: Neste método, a corrente elétrica é aplicada de forma contínua, resultando na interrupção seletiva do nervo responsável pela transmissão da dor ao cérebro. Apesar de eficaz, esta abordagem pode causar um período de recuperação mais prolongado.
- Radiofrequência Pulsada: Aqui, a corrente elétrica é emitida em pulsos intermitentes, o que permite uma modulação das vias da dor sem queimar o nervo. Esta técnica é especialmente benéfica para preservar a função motora.
- Radiofrequência a frio: Nesta variante, além da corrente elétrica, um gotejamento de soro com íons é utilizado para amplificar o calor produzido, possibilitando um tratamento mais eficaz em nervos de maior tamanho e complexidade anatómica.
Independentemente do tipo utilizado, a precisão na localização dos pontos de tratamento é crucial para o sucesso da Radiofrequência. Para isso, são empregadas técnicas de imagem, como a Fluoroscopia, que permitem ao médico uma visualização precisa e em tempo real da área a ser tratada.
Após o procedimento, é comum os pacientes experimentarem um aumento temporário da dor, seguido de uma melhoria progressiva ao longo de seis a oito semanas. Durante esse período de recuperação, algumas sensações desconfortáveis, como queimadura ou ardência, mas tendem a diminuir com o tempo.