Petição para a reposição da comparticipação das vacinas antialérgicas reúne mais de 11 600 assinaturas
“Em nome da direção da SPAIC gostaríamos de agradecer o envolvimento de todos, certos de que há ainda um longo caminho a percorrer, mas que será trilhado em conjunto por todos aqueles que a nós se uniram e que responderam ao nosso apelo”, afirma Ana Morête, presidente da direção da Sociedade.
Durante este período de recolha de assinaturas, esclarece, a Direção da SPAIC esteve reunida com as comissões parlamentares da saúde e, a 20 de dezembro, teve uma audição com a Comissão Parlamentar da Saúde onde houve a oportunidade de sensibilizar os deputados dos principais grupos parlamentares para este tema.
De acordo com a SPAIC "a vacina antialérgica é o único tratamento desenvolvido especificamente para as doenças alérgicas, uma vez que modifica a história natural destas doenças." E acrescenta: "a imunoterapia específica com alergénios reduz a sintomatologia, melhora a qualidade de vida, previne a progressão e a gravidade da doença, impede a sucessiva associação a outras doenças alérgicas, e reduz a necessidade de medicação crónica, com naturais implicações nos custos diretos (medicação, consultas, episódios de urgência, internamentos, entre outros) e indiretos (absentismo e rendimento escolar ou laboral). Para além disso, em alguns doentes com formas graves de anafilaxia (reação alérgica grave) com risco de vida, a imunoterapia específica pode ser curativa".
"A comparticipação universal a 50% do custo total deste tratamento em Portugal data de 19/03/1981, e, de forma absolutamente inexplicável, essa comparticipação foi revogada em 09/08/2011", explica a direção desta sociedade científica. "Ao contrário de muitos outros países da União Europeia", Portugal mantém uma política de não comparticipação da imunoterapia específica com alergénios, limitando o acesso dos doentes a este tipo de tratamentos, revela em nota de imprensa.