Direito Mental divulga os resultados do estudo sobre o bem-estar dos advogados em Portugal
O estudo contou com a participação de cerca de 800 advogados e juristas e tem o intuito de revelar a percentagem de pessoas na comunidade jurídica que sofrem, ou estão em risco de sofrer, de ansiedade, depressão ou burnout, e de analisar o impacto da cultura organizacional na saúde mental e bem-estar dos profissionais de Direito, pretendendo ser um motor de mudança.
As conclusões serão apresentadas durante o evento por Marlene Sousa, psicóloga na Prochild Colab e diretora do projeto. Posteriormente, Hugo Van der Ding irá moderar uma mesa redonda sobre o futuro da cultura e bem-estar no campo do Direito, acompanhado pelo médico psiquiatra Luís Madeira e pelos advogados Ana Pedrosa-Augusto e Manel Luque, que discutirão os resultados do estudo. Seguir-se-á um momento de convívio que terminará às 20h.
“A saúde mental ainda é um tema pouco compreendido em Portugal. Consideramos que a sensibilização, promoção e prevenção são fulcrais para combater a desinformação e fugir dos “achismos”. Este tem sido o nosso âmbito de trabalho e acreditamos que este estudo terá grande utilidade para a sociedade porque fornece informações valiosas sobre os desafios que os advogados e juristas enfrentam”, afirma Raquel Sampaio, advogada e diretora-executiva da Direito Mental.
A associação portuguesa sem fins lucrativos nasceu em 2020, em plena pandemia, quando o tema da saúde mental começou a ganhar algum momentum, pela mão dos advogados Nuno, Rita, Martim e Raquel. A iniciativa conta já com 29 membros, entre os quais as 13 maiores sociedades de advogados do país, o Novo Banco e a Farfetch, e quer contribuir ativamente para a criação de uma cultura positiva de saúde mental na comunidade jurídica, em particular no local de trabalho e nos estabelecimentos de ensino.