Patient Innovation Awards distingue os melhores projetos que prometem revolucionar a saúde
Criados em 2015, os PI Awards têm como objetivo homenagear doentes, cuidadores e colaboradores que desenvolveram soluções para lidar com desafios impostos pela sua condição de saúde, para ajudar pessoas da sua família ou, em alguns casos, pessoas que nem conheciam.
Os cinco vencedores foram escolhidos entre as 1.800 soluções disponíveis na plataforma do Patient Innovation e dividem-se em três categorias: Doente Inovador, Cuidador Inovador e Colaborador Inovador.
Na categoria ‘Doente Inovador’ são premiados:
Adriana Mallozzi, Puffin Innovations: Adriana Mallozzi nasceu com paralisia cerebral e, aos 9 anos recebeu uma cadeira de rodas elétrica, com tecnologias únicas que lhe deu alguma independência. A Puffin Innovations nasceu da necessidade de Adriana ser cada vez mais autónoma, pelo que desenvolveu um dispositivo, conectado por Bluetooth a um smartphone, para que pessoas com deficiência possam controlar com a boca, permitindo maior acesso, por exemplo, a computadores e a outros aparelhos tecnológicos.
Konrad Zielinski, Uhura Bionics: Há alguns anos Konrad perdeu a laringe e não conseguiu encontrar uma solução conveniente para recuperar sua voz natural. Depois de tirar um Mestrado em Ciência Cognitiva, criou a equipa Uhura Bionics, para o ajudar a criar tecnologia capaz de restaurar a comunicação natural de laringectomizados com o uso de interfaces inteligentes. Criaram, então, a Uhura Bionics Voice Amplifier capaz de restaurar a qualidade e a liberdade da conversa, e transformar o som robótico das laringes artificiais atuais numa voz com som natural.
Na categoria ‘Cuidador Inovador’ são premiados:
Jaume Puig e Constanza Lucero, Biel Glasses: Constanza Lucero, médica, e Jaume Puig, engenheiro eletrónico, são pais de Biel, uma criança que nasceu com acuidade visual reduzida. Depois de tentar, sem sucesso, todas as soluções existentes no mercado para ajudar Biel a navegar pela vida quotidiana sem quedas e lesões, os pais de Biel juntaram os seus conhecimentos em diferentes áreas e fundaram a Biel Glasses com a ideia de criar uma solução para adaptar o mundo aos olhos de pessoas com deficiência visual. Estes óculos captam o campo visual do utilizador e, através de um algoritmo, devolve sinais ao módulo de exibição. Assim, os óculos adaptam a imagem à visão residual do doente, indicando obstáculos e outros elementos por meio de vários sinais gráficos de que o utilizador pode perceber.
Francisco Nogueira e Frederico Stock, Glooma: A história de Glooma começou quando a prima de Francisco detetou um caroço na mama. Quatro meses depois, quando foi ao médico, o tumor foi diagnosticado como maligno e foi necessário realizar uma mastectomia. Com o amigo Frederico Stock criaram a SenseGlove, um dispositivo de triagem médica doméstico e portátil que auxilia as mulheres no autoexame mamário. O dispositivo consiste numa luva que, com a ajuda de sensores, deteta e controla anomalias no tecido mamário contribuindo para a deteção precoce do cancro da mama.
Na categoria ‘Colaborador Inovador’ é premiado:
Akshita Sachdeva e Bonny Dave, Trestle Labs: Akshita Sachdeva e Bonny Dave desenvolveram o ‘Kibo’ para ajudar comunidades de deficientes visuais a aceder a conteúdo escrito. O Kibo torna tudo o que está impresso acessível ao áudio ao digitalizá-lo, permitindo que pessoas com deficiência visual ouçam qualquer livro. Este dispositivo também tem a opção de traduzir os textos digitalizados para outros idiomas, tornando-o acessível a ainda mais pessoas.