Mais de 300 alunos consciencializados para a relação entre o álcool e as doenças do fígado
De acordo com José Presa, presidente da APEF, “O consumo de bebidas alcoólicas por parte dos jovens, sobretudo relacionado com a vida noturna e social, é preocupante. Esperamos, assim, contribuir de forma positiva para o Programa de Educação em Saúde da escola, bem como prevenir e reduzir a incidência das doenças hepáticas crónicas, que são a quarta maior causa de morte precoce no país e, na sua generalidade, derivadas do consumo de álcool”.
E acrescenta: “É possível minimizar os danos deixando de ingerir álcool e adotando uma dieta nutritiva, pobre em gorduras e rica em nutrientes. Por outro lado, nos estádios mais graves, poderá ser recomendada medicação que controle os sintomas. O transplante do fígado é apenas indicado quando o seu funcionamento está gravemente comprometido e as outras formas de tratamento não estão a ser eficazes”.
Segundo os dados do relatório do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), de 2020, o consumo de álcool é mais elevado por parte dos homens, com 19,5 litros de puro álcool per capita por ano, do que das mulheres, que consomem 5,6 litros.
O estudo demonstra também que em 2020 foram registados 36.799 internamentos hospitalares, com diagnóstico principal e/ou secundário atribuíveis ao consumo de álcool, envolvendo 27.238 indivíduos em Portugal. Os dados referem ainda que, em 2019, morreram 2.507 pessoas por doenças atribuíveis ao álcool, 27% das quais por doenças atribuíveis a doença alcoólica do fígado.