Tumores

Cancro do Ovário: sinais de alerta

Atualizado: 
21/02/2024 - 06:04
Mais frequente após a menopausa, o Cancro do Ovário é um dos cancros mais mortais entre as mulheres. O facto de não apresentar sintomas nas suas fases iniciais é responsável pela deteção tardia. Por isso, esteja atenta!

O Cancro do Ovário

O cancro do ovário consiste no crescimento anormal de células de localização ovárica. Uma vez que os ovários são constituídos por três tipos de células: células epiteliais, células germinativas e células do estroma; podem existir diferentes tipo de tumores que se encontram divididos em dois grandes grupos: tumores epiteliais e os não epiteliais.

No entanto, a situação mais frequente é a que envolve células epiteliais e que se designa por carcinoma epitelial do ovário, dos quais há vários subtipos, de que se destacam, pela sua frequência e/ou agressividade, o carcinoma endometrioide, o carcinoma seroso de alto grau, o carcinoma de células claras, entre outros.

Sintomas

A sintomatologia do cancro do ovário é inespecífica ou mesmo ausente nos estádios iniciais, no entanto surgem devido ao crescimento de uma massa anómala e consequente compressão ou envolvimento de outras estruturas ou órgãos.

A dor pélvica persistente, as alterações do ciclo menstrual ou hemorragia vaginal anormal, a distensão pélvica /abdominal, as queixas urinárias ou as alterações do trânsito intestinal, podem ser a manifestação inicial desta patologia.

Numa fase mais avançada pode ocorrer aumento do volume abdominal, alterações do estado geral como cansaço, náuseas / vómitos, diminuição do apetite e emagrecimento involuntário.

Fatores de risco

Idade: incidência do cancro do ovário aumenta com a idade, ocorrendo a maioria dos casos após a menopausa.

Predisposição genética: o maior fator de risco para cancro do ovário é a história familiar. Numa mulher de 35 anos, tendo havido história de cancro de ovário num familiar, aumenta a probabilidade de desenvolver esta patologia durante a vida de 1,6 para 5,0%. As mulheres com síndromes de cancro do ovário hereditário têm uma probabilidade de desenvolver a neoplasia ao longo da vida entre 25 a 50%.

Fatores reprodutivos e endócrinos: A nuliparidade, menarca precoce (< 12 anos), menopausa tardia (> 52 anos), endometriose, síndrome de ovário poliquístico e a exposição a terapêutica hormonal de substituição parecem igualmente estar associados a um aumento de risco de cancro do ovário.

Obesidade: Mulheres com um índice de massa corporal ≥ 30 Kg/m2 têm um risco aumentado de desenvolver cancro do ovário.

Diagnóstico

Em caso de suspeita clínica a identificação de alteração a nível do ovário através da ecografia pélvica, geralmente por via endovaginal.

O diagnóstico é, geralmente, feito através de exames de imagem, como a ecografia endovaginal, o TAC ou a RMN pélvica. Frequentemente associa-se a avaliação, no sangue, do marcador tumoral CA125 que, apesar da sua inespecificidade, em caso de estar elevado aumenta a suspeita de carcinoma do ovário.

O diagnóstico definitivo, no entanto, só é feito após a remoção do tumor na cirurgia e na avaliação por um anatomopatologista. Nesta altura é confirmado o diagnóstico de cancro do ovário e descritas as suas características, nomeadamente o subtipo histológico.

Prevenção

Os hábitos de vida saudáveis diminuem o risco de cancro em geral. Especificamente em relação ao cancro do ovário, ter um peso saudável e evitar ou reduzir o tempo de terapêutica hormonal de substituição, contribui para a redução do risco.

É de extrema importância que as mulheres consultem regularmente o seu ginecologista para vigiar possíveis alterações

Autor: 
Sofia Esteves dos Santos
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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