Centros de saúde realizam 43 mil consultas não programadas por dia
Assim, no período entre 25 de novembro e 4 de dezembro, das 434.440 consultas realizadas no próprio dia para doença aguda, 48.815 corresponderam a situações de infeção respiratória aguda (cerca de 7% do total de atendimentos).
A maioria das consultas foi realizada na região Norte (184.390), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (118.112), do Centro (87.183) do Alentejo (28.811) e do Algarve (15.944).
No primeiro fim de semana de dezembro, mostram os dados, os cuidados de saúde primários asseguraram consultas no próprio dia a 16.123 utentes, o equivalente ao total de atendimentos nas urgências de todos os hospitais do país num dia de fim de semana. Nestes dois dias, 4.277 atendimentos foram motivados por infeção respiratória aguda (26% do total).
No Norte, neste período, foram contabilizadas 5.972 consultas, 4.033 no Centro, 3.280 em Lisboa e Vale do Tejo, 2.176 no Alentejo e 662 no Algarve.
O alargamento da capacidade de resposta dos cuidados de saúde primários para resposta a situações de doença aguda é uma das medidas previstas no «Plano Estratégico do Ministério da Saúde para a Resposta Sazonal em Saúde – inverno 2022-2023».
Os locais com atendimento alargado ou complementar podem ser consultados na área dedicada ao Plano de Inverno no Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
De norte a sul do país, são já 176 os centros de saúde a funcionar com horários de atendimento alargado (dias úteis) ou complementar (fim de semana e feriados), disponibilizando uma resposta de proximidade à comunidade em situações de doença aguda não emergente.
Esta adaptação da capacidade ao nível dos cuidados de saúde primários pretende responder à maior procura da população nos meses de outono/inverno e diminuir a pressão sobre os serviços de urgência, em situações que podem ter acompanhamento atempado e adequado nos cuidados de saúde primários.
É, no entanto, recomendado o contacto prévio com o SNS 24 para o aconselhamento e encaminhamento mais adequado a cada situação.
Com o objetivo de promover o aumento da resposta nos cuidados de saúde primários, está ainda a ser operacionalizada a «Via Verde ACES» nos serviços de urgência. Esta resposta permite que os utentes triados como não urgentes – ou seja, pulseira branca, azul ou verde – sejam encaminhados dos hospitais para os centros de saúde, com data e hora previamente definidas, sendo atendidos, no máximo, em 24 horas.
A aceitação da referenciação para os centros de saúde isenta os utentes do pagamento das taxas moderadoras. A «Via Verde ACES» abrange praticamente metade de todos os agrupamentos de centros de saúde do país (49%), num total de 27 agrupamentos, bem como os respetivos hospitais com que se articulam.