“Um abraço dos pais: uma terapia poderosa. Garanta o contacto pele-a-pele desde o momento do nascimento”

CHUC assinala Dia Mundial da Prematuridade com exposição fotográfica e ilumina-se de roxo

Estima-se que no mundo ocorram anualmente cerca de 15 milhões de nascimentos prematuros. O Dia Mundial da Prematuridade comemora-se, desde 2008, no dia 17 de novembro, com o objetivo de alertar a opinião pública para os desafios associados ao nascimento prematuro e para homenagear os recém-nascidos prematuros e os seus pais (família).

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) associa-se à celebração desta efeméride com uma exposição fotográfica que será inaugurada no dia 17 de novembro, pelas 12h, no átrio dos HUC-CHUC, sendo a mesma exposição replicada por todos os polos do CHUC. Desde o dia 14 de novembro, as fachadas de todos os polos do CHUC e a fonte cibernética do Mondego estão iluminadas com a cor roxa, para assinalar a efeméride, procurando-se, assim, despertar a atenção da população para a importância do tema.

Gabriela Mimoso, diretora do serviço de neonatologia do CHUC, explica que “um bebé é considerado prematuro sempre que nasce antes das 37 semanas de gravidez. De um modo geral, quanto mais cedo ele nascer maior é a probabilidade de necessitar de cuidados intensivos e maior o risco de ter sequelas associadas a essa prematuridade.”

Associada à prematuridade está a cor roxa que simboliza a sensibilidade e a excecionalidade. O CHUC vai assinalar esta efeméride iluminando de cor roxa todos os seus polos.

Outro dos símbolos do Dia Mundial da Prematuridade é uma corda de meias: um pequeno par de meias roxas está pendurado na linha junto com nove pares de meias de bebé de tamanho normal, o que significa que, em todo o mundo, um bebé em cada 10 nasce prematuro.

Novembro Roxo

Gabriela Mimoso descreve que “ao longo do internamento, por vezes longo, destes pequenos seres, se procura promover o contacto pele-a-pele (método canguru) desde o nascimento. Este contacto tem efeitos positivos e protetores para o recém-nascido e pais pois promove a vinculação, melhora a regulação térmica, contribui para a prevenção de infeções, incentiva o aleitamento materno e tem efeitos benéficos fisiológicos, comportamentais, psicossociais e parece diminuir a mortalidade em cerca de 40%. Manter os pais informados sobre o estado clínico do seu filho e incentivá-los a participar nos cuidados. De uma forma geral os pais fazem parte da equipe de cuidados.

Pedir o seu consentimento para todos os tratamentos / intervenções e respeitar as suas opções. Manter um ambiente agradável protegendo-os da luz e som excessivo.

Capacitar os pais para ter confiança no cuidar destes bebés tão frágeis, apoiá-los, esclarecer as suas dúvidas e fornecer apoio psicossocial e espiritual sempre que necessário.”

A diretora do serviço de neonatologia continua dando nota de que “o desafio no cuidar destes seres tão vulneráveis é enorme, já que a atuação dos técnicos de saúde pode ser decisiva para o seu futuro. Apesar do seu pequeno número, a grande prematuridade contribui significativamente para a mortalidade neonatal e infantil.

Durante e após o internamento é essencial o envolvimento de uma equipa multidisciplinar: Médicos (Neonatologistas, Cardiologistas, Oftalmologistas, entre outros), Enfermeiros, Técnicos do Serviço Social, Psicólogos, Fisioterapeutas, Terapeutas da Fala, não esquecendo também o importante papel das Assistentes Técnicas e Operacionais”.

O Dia Mundial da Prematuridade tem por objetivo aumentar a consciencialização sobre os desafios do parto prematuro e em 2022 alertar para a importância do método canguru (contacto pele-a-pele) na vinculação / capacitação dos pais e na redução das consequências a médio e longo prazo para as crianças e famílias. Medidas simples mas que podem ter um enorme impacto no futuro.

A celebração do dia da prematuridade ocorre em várias instituições de saúde, sociedades científicas e organizações que, em todo o mundo, desenvolvem atividades diversas e iluminam-se de cor roxa edifícios e monumentos em várias cidades, para dar visibilidade à problemática da prematuridade.

Fonte: 
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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