Urologia do CHULC realiza tratamento pioneiro à Hipertrofia Benigna da Próstata
Denominada cirurgia HoLEP (Enucleação prostática com laser Holmium), esta técnica, que já era utilizada, de forma regular, para o tratamento da litíase urinária, é considerada o “gold standard” para o tratamento da Hipertrofia Benigna da Próstata (HBP), permitindo operar doentes por via endoscópica e sem cortes, independentemente do volume prostático.
“Relativamente ao método clássico [incisão abdominal], este procedimento tem como principais vantagens uma muito menor morbilidade e muito mais rápida recuperação para o doente [apenas um dia de internamento]. Tem, ainda, a grande vantagem de um melhor controlo hemostático, permitindo operar doentes com maior risco cirúrgico, incluindo doentes anticoagulados”, refere Pedro Baltazar, urologista do CHULC, que, conjuntamente com Luís Severo, realizaram as primeiras intervenções, com o apoio de Angelo Cafarelli, cirurgião italiano com uma vasta experiência neste procedimento.
Para além das referidas vantagens, Angelo Cafarelli destaca, ainda, a redução do tempo de hospitalização e de cateterismo (de 5 a 7 dias para um a dois dias).
A implementação desta técnica para o tratamento da HBP resulta de um processo que implicou a aquisição de tecnologia laser de última geração, de grande potência, e de material cirúrgico específico. “É um projeto que já tem alguns anos e que era muito ambicionado pelo Serviço de Urologia”, acrescenta Pedro Baltazar, salientando que o objetivo é “tornar o CHULC o primeiro centro de referência para esta técnica cirúrgica”.
Destacando que este é um método “minimamente invasivo e altamente eficaz”, Luís Severo, urologista do CHULC, explica que o laser permite “remover a pressão prostática aumentada”, através da separação e fragmentação do tecido, que, no final da intervenção, passa para a bexiga, onde é eliminado.
O CRI de Urologia do CHULC, dirigido Luís Campos Pinheiro, estima que, em média, 100 utentes por ano sejam intervencionados com a técnica HoLEP.